Caso Alstom: Ministério Público suíço bloqueia conta


24/06/2009 20:09

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Treze meses depois que o país ficou sabendo que as polícias da França e da Suíça investigavam as relações espúrias do governo do Estado de São Paulo, há mais de dez anos, com a multinacional francesa Alstom, o Ministério Público da Suíça começa a fechar o cerco aos suspeitos do escândalo. As denúncias apresentadas, inclusive por representações da bancada do PT ao Ministério Público no Brasil, somam milhões de reais em pagamentos de propinas por meio de contratos irregulares e envolvem vários nomes do primeiro escalão dos tucanos paulistas.

A imprensa informou, nesta quarta-feira, 23/6, que o Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta naquele país atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo, por indícios de que a conta recebeu pagamento de propina da Alstom. Marinho é suspeito de ter ajudado a Alstom a conseguir contrato de R$ 110 milhões em 1998, quando já era conselheiro do TCE. À época, acabara de deixar o segundo cargo no governo Mario Covas: era chefe da Casa Civil. O conselheiro nega ter conta no exterior.

A Alstom, uma das maiores empresas do mundo na área de energia e equipamentos ferroviários, é investigada na Suíça, na França e no Brasil sob suspeita de ter pago milhões de dólares em propina a tucanos paulistas para obter contratos públicos. Há evidências de que a empresa pagou comissões para conseguir negócios com o Metrô e a Eletropaulo.

O deputado Roberto Felício, líder da bancada do PT na ocasião das denúncias, ressaltou em entrevista que os deputados petistas fizeram inúmeros requerimentos de informações às empresas do Estado que firmaram contratos com a multinacional, além de representações aos Ministérios Público Estadual e Federal e pedido de CPI.



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