A retirada de circulação da barca Paicará para reforma tem provocado caos na travessia de pedestres Santos-Guarujá, afirma a deputada Maria Lúcia Prandi (PT). A embarcação tem capacidade para 674 passageiros. Duas lanchas, recém-ativadas, são pequenas e não absorvem a demanda, o que provoca filas, confusão e queixas contra a Dersa, responsável pela operação do sistema, garante a parlamentar. "Que a Paicará precisa de reforma, ninguém tem dúvida. Está sucateada e lenta. Mas a Dersa deveria ter montado um esquema alternativo eficiente. São transportados diariamente 16 mil passageiros. Seria até mesmo o caso de alugar uma barca com capacidade equivalente à da Paicará", observa a deputada. Os problemas, segundo ela, não terminam quando o passageiro consegue embarcar. É que o atracadouro de Santos comporta apenas uma barca, criando "uma situação insustentável para um serviço que já deixa muito a desejar". Além disso, a barca Adhemar de Barros, a segunda maior da travessia, com capacidade para 579 passageiros, estava fora de circulação na manhã de terça-feira passada, provavelmente quebrada. Maria Lúcia está preocupada também com a questão da segurança. "Os passageiros queixam-se da superlotação das barcas. É um risco que não se pode correr", ela alerta. O problema com a travessia traz consequências negativas para o serviço de catraias, cuja procura ultrapassa a capacidade de atendimento. mlprandi@al.sp.gov.br