Da Tribuna


26/05/2010 18:23

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Essencial para a democracia



Fausto Figueira (PT) saudou os alunos do Colégio Porto Seguro do município de Valinhos e lembrou dos tempos em que vinha acompanhado de seu pai à Casa, onde sonhava em trabalhar tendo participação no processo legislativo, "essencial para a vida na democracia". O deputado informou sobre a greve dos funcionários da Sabesp que, segundo Figueira, ficam na linha de fogo entre os entraves das negociações para um ajuste nos salários. O parlamentar alertou sobre a baixa qualidade da água na Baixada Santista, onde apenas 9% dos esgotos são tratados. (DB)



Carreiras deterioradas



Carlos Giannazi (PSOL) não se surpreendeu com as greves de servidores públicos do Estado, alegando que "o governo do PSDB não tem uma política salarial, desvalorizando o trabalho do servidor". Segundo o deputado, "é lamentável que a situação vá se perpetuando de uma forma em que o governo continua deteriorando as carreiras dos servidores". Giannazi reivindicou a aprovação da lei que elimina a prova obrigatória para autorizar a lecionar na rede pública de ensino, "Essa lei é uma aberração", concluiu. (DB)



Governo fechado



Olímpio Gomes (PDT) alertou que mais uma vez as galerias da Casa são ocupadas por servidores ou prestadores de serviço de empresas públicas do Estado, que acabam buscando na Casa, "o último fôlego para interlocução do governo com as empresas estatais". Segundo Gomes, "o governo do Serra é o mais fechado desde que temos um processo democrático no Estado". (DB)



Parceiros estratégicos



Vanderlei Siraque (PT) se posicionou a favor da mobilização feita pelos funcionários da Sabesp, etendendo que a empresa gasta muitos recursos com propaganda ao invés de investir onde realmente é necessário. O parlamentar informou sobre a situação caótica em que se encontra o abastecimento de água e tratamento de esgotos em municípios como Franco da Rocha e Francisco Morato. "O governo tem vergonha de usar a palavra privatização, que não engana mais ninguém, e utiliza outras, como "parceiros estratégicos", para continuar enganando a população", concluiu. (DB)



Privatização desenfreada



José Zico Prado (PT) cumprimentou os servidores da Sabesp e manifestou seu apoio à categoria. De acordo com o deputado, a Assembleia é o local ideal para receber os servidores: "A Casa pode abrir as portas para recuperar os portões da dignidade dos funcionários da Sabesp", afirmou. Prado declarou que os tucanos cometem "crime" privatizando empresas importantes: "Não basta ser contra a privatização, tem que ser contra a terceirização de seus funcionários", enfatizou. Ele ressaltou a importância da Sabesp para o Estado e lamentou que as grandes empresas estejam entregues nas mãos da iniciativa privada: "Tucano não gosta de trabalhador", afirmou. (TB)



Terceirização das empresas



Raul Marcelo (PSOL) destacou a importância dos funcionários da Sabesp que estavam presentes na Assembleia. De acordo com o deputado, a grande responsável pelas falhas nos serviços da empresa é a própria direção. Marcelo informou que atualmente a Sabesp têm 16.000 funcionários e um quadro de 21.000 terceirizados: "Isto é interessante somente para quem quer terceirizar as empresas", afirmou. Ele também questionou a forma como as empresas conseguem esses contratos de trabalho. Para ele, atualmente a Sabesp vive a situação de dois opostos: os trabalhadores que querem prestar um bom serviço e a sua direção política. (TB)



Mediação construtiva



Olímpio Gomes (PDT) falou sobre a necessidade de uma mediação construtiva dos servidores da Sabesp com o Poder Executivo. Porém, de acordo com o deputado, o grande problema é que o Executivo desconsidera completamente o que deveria ser o posicionamento da Assembleia Legislativa: "A grande maioria dos deputados esquece a própria dignidade diante de compromissos políticos", afirmou. Ele também recomendou que os servidores cobrem atitudes concretas e que permaneçam vigilantes: "Não se seduzam com as palavras", afirmou. Para Gomes, o governo estadual é o grande culpado, citando também o descaso com o movimento policial. (TB)



Extensão de diretos constitucionais



"A minha intenção, ao apresentar a Proposta de Emenda à Constituição 11/2007, foi a de garantir aos prefeitos os direitos sociais e constitucionais de todos os trabalhadores", disse Uebe Rezeck (PMDB). A proposta não cria nada de novo, nem benefícios nem vantagens, continuou o deputado, pois visa adequar a Constituição estadual à federal, que prevê pagamento de férias e 13º salário aos trabalhadores, mesmo que recebam através de subsídios mensais. Ele lamentou que "informações distorcidas tenham sido dadas à grande imprensa, gerando uma versão errônea que se sobrepõe aos fatos". (MF)

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