Assembléia lança Frente Parlamentar Pró-Envelhecimento Saudável

Objetivo é aprofundar a discussão sobre a importância do idoso na comunidade
29/08/2001 15:42

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DA ASSESSORIA

Os quase 3 milhões de idosos que moram no Estado de São Paulo estão ganhando um importante fórum para discussões sobre seus anseios e necessidades. A Assembléia Legislativa lança nesta quinta-feira, 30/8, às 14h, a Frente Parlamentar Pró-Envelhecimento Saudável. Criada por iniciativa da deputada Maria Lúcia Prandi (PT), a frente será lançada em solenidade no auditório Franco Montoro e contará com uma apresentação do Coral de Idosos do Sesc/Santos.

Entre os objetivos da frente, informa a deputada, estão o aprofundamento das discussões sobre a importância dos idosos na comunidade, a luta pela implantação de políticas públicas que beneficiem a terceira idade e a garantia a essa parcela da sociedade do exercício da plena cidadania.

A meta também é informar a população idosa sobre os serviços públicos já disponíveis; cobrar dos vários níveis governamentais a proteção aos idosos que não dispõem de família, renda e moradia; trabalhar na Assembléia para priorizar e aprovar projetos de lei que beneficiem a parcela idosa da sociedade e estimular a criação dos Conselhos Municipais do Idoso nas cidades que ainda não possuem esse instrumento de participação popular.

"Estatisticamente, está comprovado que a população brasileira está envelhecendo. Segundo o Censo/2000 do IBGE, o país tem cerca de 14 milhões de idosos, sendo que, apenas em nosso Estado, moram 3 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Estes números colocam o Brasil como uma das dez nações do mundo com maior população idosa e reforçam a importância de criarmos uma estrutura social que ofereça condições adequadas para um envelhecimento saudável", enfatiza Prandi, autora de oito projetos de lei que visam à implantação de políticas públicas em benefício da terceira idade.

Estimativas apontam que até 2020 haverá 1,2 bilhão de idosos em todo o mundo. Desse total, três quartos estarão vivendo em países em desenvolvimento e o Brasil terá a quinta maior população de idosos do globo. "São números significativos que apontam a urgência de vermos implantadas políticas que garantam condições de renda, moradia, saúde e lazer aos idosos. Os avanços da ciência, que ampliam a perspectiva de vida dos seres humanos, devem vir acompanhados de avanços sociais que possibilitem uma vida mais longa, com mais qualidade e sem a dependência do assistencialismo", finaliza a deputada, que desde o início do ano passado vem lutando para que a Assembléia conte com uma Sala da Terceira Idade, espaço onde os idosos poderiam levar reclamações e sugestões ao Legislativo.

alesp