1º Encontro Estadual de Agentes Públicos encerra atividades


13/03/2009 18:45

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O último dia de atividades do I Encontro Estadual de Agentes Públicos, realizado de 11 a 13/3, promovido pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp) e pelo Parlamento estadual, por meio do Instituto do Legislativo Paulista (ILP), teve a primeira palestra apresentada por José Sávio Junqueira, da gerência de Políticas Públicas do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

"O empreendedorismo permite transformar sonhos em realidade". Foi com essas palavras que Junqueira iniciou sua participação, lembrando que "a preocupação do Sebrae é estimular a capacidade de empreender dos interessados na criação de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) que constituem 99% do total de empresas brasileiras, gerando 67% dos postos de trabalho do setor". Segundo o representante do Sebrae, 60 de cada 100 empresas abertas acabam morrendo no primeiro ano de funcionamento, por falta de planejamento e deficiência na gestão. Para ele, a legislação específica não dá o suporte adequado à atividade. "Medidas acertadas podem transformar o ambiente de forma a permitir o florescimento dessas organizações."

Junqueira citou exemplos de possíveis ações que permitem que isso ocorra. Na sua visão, planejamento é a ferramenta básica para a implantação de um trabalho eficiente, mas deve haver todo um arcabouço de políticas públicas, incentivos fiscais e sistemas de crédito em apoio à atividade. O representante recomendou aos prefeitos e vereadores a análise dos dados que constam do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IRPS), que poderão indicar caminhos para a ação regional. "A capacitação profissional, o desenvolvimento de lideranças locais e o acesso à tecnologia também merecem ser incentivados, o que pode ajudar no desenvolvimento do mercado local. As federações que congregam profissionais do setor também poderiam operar de forma conjunta, o que facilitaria o fortalecimento da categoria."

Junqueira falou sobre o programa implantado pelo Sebrae, em 2007, em conjunto com os poderes públicos locais com a expectativa de acelerar o ritmo das MPEs. Contou que, ao interagir com os cidadãos e seus problemas, os dirigentes dos municípios desenvolveram práticas satisfatórias para toda a comunidade, uma vez que são eles que conhecem de perto os problemas e suas dimensões, que acabam por barrar o desenvolvimento das cidades. Por isso, as considera como laboratórios para a aplicação de atividades mais apropriadas para a solução de cada região.

Ao encerrar sua participação, Junqueira reforçou a necessidade de programas de planejamento estratégico que sirvam de plataforma para a elaboração de projetos para o desenvolvimento das MPEs.



Banco do Povo

A seguir, Itamar Borges, ex-prefeito de Santa Fé do Sul, que no evento representou a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, relatou a experiência que desenvolveu em sua cidade, bastante afastada da capital, aspecto que dificulta o acompanhamento de técnicas novas da administração pública e o consequente benefício que podem trazer às comunidades que gerenciam. Na sua gestão como prefeito, Santa Fé foi eleita a cidade que possuía o melhor serviço do Banco do Povo, aquele que fomenta a atividade das Micro e Pequenas Empresas, incentivando-as a participar do mundo formal ao pagar suas obrigações e gerar empregos. Desenvolveu ainda programas que elevaram a cidade à categoria de Município Verde, sendo a sustentabilidade do ecossistema uma de suas grandes realizações.

Sebastião Misiara, presidente da Uvesp, lembrou que parcerias com outras instâncias do comando estadual e instituições, como Uvesp, ILP e Associação Paulista de Municípios (APM), são necessárias para o incentivo e desenvolvimento do setor. Informou também que esses parceiros estarão oferecendo aos integrantes do Legislativo cursos para sua capacitação, de forma a melhorar sua qualidade de prestação de serviços ao cidadão.

Segundo Rubens Figueiredo, especialista em comunicação política e o último palestrante da manhã, a sociedade vê as instituições públicas com ceticismo. Discursou sobre o funcionamento de uma campanha municipal de comunicação e seu planejamento, na qual deve-se levar em conta o perfil do público-alvo, quando, para que e o que transmitir, observando-se que grande contingente do colégio eleitoral das cidades do interior é constituído por pessoas cujo nível de instrução vai até o ensino fundamental. Dessa forma, a interpretação e a compreensão dos problemas pelos diversos públicos apresentam diferentes interpretações. Discorrendo sobre sua maneira de operar, citou a forma como a pesquisa qualitativa e os grupos de discussão podem ajudar no entendimento dos problemas e da forma como as pessoas os veem e esperam que sejam resolvidos, quais são suas aspirações e os problemas que os afligem. Alertou ainda para o fato de que a comunicação pode ser realizada por meio de uma produção simples, que não requer grandes gastos, portanto acessível a qualquer município. Encerrando, disse também que as campanhas podem ser utilizadas para transmitir alertas sobre segurança e saúde e os benefícios que essas atividades podem trazer à comunidade.

alesp