Já não existem exceções. Cidades pequenas e médias do estado de São Paulo vivem situação semelhante à dos municípios da região da Capital, no campo do consumo de drogas. A cada ano, os números são mais assustadores. E o que é pior: as ações contra esse mal esbarram em erros dos governos. Os perfis dos dependentes de drogas mostram que crianças e adolescentes de 15 anos de idade ou menos, representam 23% do total dos que aderiram ao vício em nosso estado. Isto significa que a droga avança ainda mais nas escolas e até nas casas de família, enquanto os traficantes agem livremente. A Divisão de Prevenção e Educação do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), da Secretaria da Segurança Pública, entrevistou 3.115 pessoas detidas nos últimos anos por vender ou consumir tóxicos. Experientes policiais acostumados a reprimir entorpecentes ficaram chocados com o aumento da participação de adolescentes tanto no tráfico quanto no consumo. Isso tudo tem muito a ver com a desagregação das famílias, mas também com a falta de ação conjunta das polícias Federal, Militar e Civil, uma vez que a propalada sintonia nunca vai adiante. De acordo com uma pesquisa, os jovens paulistanos começam mais cedo no consumo de bebidas alcoólicas, aos 11 anos. Das bebidas e do cigarro para a maconha e outras drogas é um passo rápido.