Assembleia implanta Projeto Eficiência Energética


14/10/2009 20:09

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Em consonância com sua política ambiental e preocupada com eventuais impactos ao meio ambiente que possam ser provocados pelas atividades da instituição, a Assembleia de São Paulo está implantando o Projeto Eficiência Energética, que trata da redução do consumo interno de energia elétrica e de emissão de Gases Efeito Estufa (GEE).

O projeto prevê a adoção de um sistema de gestão ambiental que contempla a norma ISO-14001:2004, de quantificação de emissões de GEE, em conformidade com os requisitos da norma NBR ISO 14064, além de um Plano de Governança Sustentável.

Os equipamentos de ar condicionado da Casa são, na grande maioria, refrigerados com o gás R-22, que tem em sua composição uma série de substâncias hidrocloro-fluorcarbonos (HCFCs) prejudiciais ao meio ambiente, razão pela qual seu uso vem sendo cada vez mais reduzido de acordo com as metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal de substâncias que prejudicam a camada de ozônio.

A Assembleia usa cerca de uma tonelada de gás R-22 em seus equipamentos e, para evitar que ocorram vazamentos que possam vir a prejudicar a camada de ozônio, a Casa firmou contrato de manutenção preventiva e corretiva desses equipamentos.

O primeiro relatório de emissões de GEE, elaborado pela Assembleia em 2008, apontou a necessidade de reposição de 81,60 Kg de R-22, gerando uma emissão equivalente a 147,70 toneladas de CO2 (CO2e " Equivalente em Dióxido de Carbono). O mesmo relatório revelou um consumo de energia elétrica anual de 2.366,06 MWh, que representa uma emissão de 117,58 toneladas de CO2e. Uma parcela deste consumo refere-se à energização dos equipamentos de ar condicionado.



Plano de Governança Sustentável



Com o objetivo de harmonizar suas ações internas quanto a questões que envolvam o meio ambiente, a Assembleia lançou o Plano de Governança Sustentável, que prevê a adoção de novos referenciais, normas e atividades afins, com critérios socioambientais em sua sede. Uma das ações é o programa de uso racional de recursos, que inclui economia de energia elétrica e de água e mudanças nos padrões de consumo que possam ter reflexo direto nos recursos naturais.

Conservar os recursos naturais implica em usá-los de forma econômica e racional, para que os renováveis não se extingam por mau uso e os não renováveis não se extingam rapidamente.

Desde 1999, diversas providências já foram tomadas pela Assembleia de São Paulo tendo como objetivo a redução do consumo de energia elétrica em suas dependências, entre as quais merece destaque a participação no Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica.

Desenvolvido pela Eletropaulo, o programa, entre outras providências, viabilizou o diagnóstico energético das edificações que compõem a Assembleia paulista. O diagnóstico sugeria a adoção de ações no sentido de reduzir o consumo, considerados os investimentos necessários e os respectivos períodos de retorno. Na época, foi executada a modernização dos sistemas de iluminação da Casa. Através de convênio com a Secretaria de Energia/Eletropaulo, foram substituídas todas as luminárias e lâmpadas fluorescentes antigas por modelos mais eficientes e econômicos.



Modernização



A modernização dos sistemas de iluminação resultou em uma economia de 561,00 MWh/ano , no valor de R$ 107.471,00 / ano (tarifa em 1999). No período, o consumo de energia elétrica anual da Casa era de 2.912.000 KWh/ ano

Posteriormente, outras ações foram implementadas para a redução do consumo de energia, como a automatização de acionamento de subsistemas de iluminação através da instalação de sensores de presença para áreas comuns, temporizadores e fotocélulas para iluminação de áreas externas.

Assim, grande parte das providências sugeridas para o fim do desperdício de energia elétrica já foram tomadas pela administração da Assembleia de São Paulo, fazendo com que o cálculo da Relação Custo/Benefício para futuras ações de eficiência energética se distancie do valor de referência previamente estabelecido pela Eletropaulo/Aneel ( RCB <=0,80).

Alem disso, está previsto para o próximo exercício o início da reforma da ala parlamentar da Casa, onde se situam os 94 gabinetes e também onde estão a maioria dos equipamentos de ar-condicionado. A reforma prevê a substituição dos forros, tanto dos gabinetes quanto da circulação, viabilizando a passagem dos dutos de um sistema central de condicionamento de ar, que promoveria a otimização da energia sugerida na proposta de consumo racional de energia elétrica apresentada pela Eletropaulo.

alesp