Apelando para o líder do PSDB e para a presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputados Vaz de Lima e Célia Leão, no sentido de que intercedam pela abertura de negociações entre os trabalhadores em greve das Fatecs e do Centro Paula Souza e o governo do Estado, a deputada Maria Lúcia Prandi (PT) lembrou que a luta pelas faculdades de tecnologia e escolas técnicas é antiga: em 2000, o Projeto de Lei 99 - que propunha que esses órgãos fossem desvinculados da estrutura da Unesp - foi retirado pelo governador. Porém, segundo Prandi, o vínculo foi quebrado na prática pelo Executivo, quando não estendeu a esses funcionários reajuste salarial concedido aos funcionários da Unesp. Além disso, Prandi alerta para o limbo em que essas instituições estão, sem plano pedagógico, sem plano de carreira e, principalmente, com o pagamento de valores irrisórios por hora/aula: cerca de R$3,00 nas escolas técnicas e cerca de R$4,00 nas faculdades. Para Prandi, o governo mostra em propagandas institucionais o aumento do número de Fatecs instaladas em diversos municípios do Estado de São Paulo, mas essas escolas só poderão desempenhar seu papel se nelas for investido o capital principal, "capital humano, que são os professores, funcionários, na troca ensino-aprendizado."