Deputada quer que Sabesp acelere obras para amenizar falta d''água que atinge o município de Guarujá


10/09/2001 14:27

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DA ASSESSORIA

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) apelou ao Governo do Estado para que acelere as obras de abastecimento em Guarujá, com o objetivo de evitar que o município continue convivendo com crônicos problemas de falta d''água que afetam a vida dos moradores, abalam o comércio e afastam os turistas. Para a parlamentar, a cidade não pode esperar até 2004 para se ver livre da angústia de não dispor de água para atender as necessidades básicas.

Em ofícios que enviou ao governador Geraldo Alckmin, ao presidente da Sabesp e ao vice-presidente da empresa para o Litoral, Oswaldo Aly, a deputada Prandi alerta que o Estado deve canalizar esforços para antecipar a execução das obras previstas. Conforme destacou, recursos não faltam: "Aprovamos na Assembléia Legislativa verba de US$ 307 milhões para o saneamento básico da Baixada Santista, dos quais US$ 200 milhões foram emprestados pelo governo estadual de um banco japonês e US$ 107 milhões correspondem à contrapartida do Estado".

Informações oficiais anteriores eram de que várias obras estariam prontas até 2002. "Agora, a Sabesp argumenta que os resultados deverão ser sentidos apenas em 2004. Existe uma lacuna de dois anos, que precisa ser esclarecida", critica Prandi.

Com a iminente conclusão da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, Guarujá ficará absolutamente prejudicado se não puder absorver a demanda turística, por falta de infra-estrutura. "Como podem os restaurantes funcionar sem água? Quem vai querer ocupar os hotéis da Cidade? Como evitar profunda crise no setor imobiliário?", questiona.

Os investimentos previstos incluem a construção de três novos reservatórios de água, com capacidade para armazenar 5 mil metros cúbicos cada. "A atual possibilidade de reserva será aumentada em 50%", acrescenta, lembrando que os quatro reservatórios em operação no Guarujá foram construídos há mais de 25 anos. Depois disso, o município ganhou apenas uma unidade, na Enseada, em 1996.

Ainda, segundo Prandi, a alegação da Sabesp de que o Guarujá não dispõe de mananciais com capacidade para atender a demanda de água necessária ao abastecimento não a isenta de responsabilidade: "Soluções devem ser melhor planejadas a curto, médio e longo prazos. Não se pode esperar o aprofundamento da crise para sair em busca de soluções".

Nos ofícios que encaminhou, a deputada Prandi também recomenda que a Sabesp realize um programa de combate ao desperdício. "A empresa perde 20% em vazamentos na rede de distribuição. Se não combate seu próprio desperdício, a Sabesp não tem moral para pedir que a população economize. A empresa deve dar o exemplo", conclui Prandi.

alesp