Da assessoria do deputado Emidio de SouzaApós visitar a sede da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, localizada na rua Libero Badaró, no centro da Capital, em meados de agosto último, e constatar a precariedade do órgão, o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado estadual Emidio de Souza (PT), apresentou nesta semana o Projeto de Lei Complementar 48/03 que dá condições para o seu pleno funcionamento.De acordo com o PLC, "constitui prerrogativa do ouvidor de polícia receber o mesmo tratamento protocolar dispensado aos membros do Ministério Público Federal" e que ele não poderá exercer "emprego ou cargo público enquanto durar o seu mandato". O projeto prevê ainda, entre outras iniciativas, a criação do cargo de chefe de gabinete da Ouvidoria e de mais quatro cargos de assistentes, estes sem exigência de nível universitário.Ao visitar a Ouvidoria da Polícia em agosto, a convite do próprio ouvidor, Itajiba Farias Ferreira Cravo, o deputado Emidio de Souza disse ter ficado perplexo ao saber que, para utilizar um veículo do Estado, ele tem que solicitar permissão ao secretário da Segurança Pública.Para receber denúncias, reclamações e representações sobre atos considerados arbitrários, desonestos, indecorosos ou que violem os direitos humanos individuais ou coletivos praticados por servidores civis e militares da Secretaria da Segurança Pública, atividades da Ouvidoria, ela contava, à época, somente com duas linhas telefônicas e duas atendentes."Como é possível cumprir um papel de tamanha responsabilidade se não existe estrutura adequada nem um orçamento próprio para o desenvolvimento das atividades fiscalizadoras?", questiona o 1º secretário. Para ele, além de mudanças na lei que criou a Ouvidoria da Polícia, permitindo a montagem de uma estrutura funcional e administrativa, é necessário também destinar recursos financeiros diretamente ao órgão."Apenas o ouvidor deve saber onde essa verba será aplicada, pois não é possível cumprir o papel de fiscalizador sobre um contingente de 130 mil policiais se você é obrigado a pedir ao próprio secretário de Segurança Pública esse dinheiro", disse o primeiro-secretário.emidio@al.sp.gov.br