Deputada propõe ampliação de banco de genético de árvores ameaçadas


19/01/2005 18:10

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

Garantir a perpetuação de espécies de árvores ameaçadas de extinção no Estado, por meio da criação de um banco genético. É o que está propondo ao Governo de São Paulo a deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT). A parlamentar defende a ampliação de um trabalho que começou a ser realizado há 20 anos atrás por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Ilha Solteira.

"Graças à dedicação e ao empenho dos pesquisadores, cerca de 20 espécies em extinção nas matas brasileiras estão disponíveis para projetos de reflorestamento. Com mais recursos, este projeto pode ser ampliado e livrar do desaparecimento outros tipos de árvores", afirma a deputada. Segundo dados divulgados em setembro pelo Instituto de Botânica de São Paulo, 1.020 espécies de vegetais correm risco de extinção no Estado.

Conforme o relatório, o número é três vezes maior que o de outra listagem semelhante elaborada em 1998, quando cerca de 300 espécies estavam em perigo. "Outro fator de extrema gravidade é que 500 tipos de vegetais são apontados como presumivelmente extintos, último estágio antes de desaparecerem completamente", diz Prandi.

Como é

As etapas do trabalho compreendem a retirada das sementes no campo, análise do material genético em laboratório e formação de viveiros em uma fazenda de pesquisa e extensão da Unesp, em Ilha Solteira. Segundo o coordenador dos trabalhos, Mário Teixeira de Moraes, os estudos incluem espécies remanescentes da Mata atlântica, em São Paulo, e do cerrado, em Mato Grosso do Sul e Goiás.

Atualmente, as pesquisas estão centralizadas no jatobá-do-cerrado e no baru, duas espécies do cerrado, cujas sementes foram recolhidas em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

mlprandi@al.sp.gov.br

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