Notas do Plenário


31/10/2008 19:07

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Professores temporários



Carlos Giannazi (PSOL) reiterou que o setor de Educação do Estado está numa situação insustentável. Conforme ele, está registrado no Diário Oficial desta sexta-feira, 31/10, a Resolução 69/2008, da Secretaria de Educação, que dispõe sobre o processo seletivo simplificado para classificação de professores que desejam ser temporários na rede estadual. A prova será aplicada pela própria Secretaria de Educação, com base na proposta curricular proposta por ela, o que é contestado pelo magistério. Giannazi informou que irá protocolar um PDL que suste a vigência desta resolução. A rede tem atualmente 100 mil professores temporários. (GF)



Reestruturação das carreiras policiais



Para Olímpio Gomes (PV), a Assembléia foi democrática ao receber as entidades de classe em audiência pública para debater os projetos de reestruturação das carreiras das polícias Civil, Militar e Científica, mas criticou o governo por não ter enviado os secretários de Segurança Pública e Gestão Pública para o debate. Em resposta ao deputado Barros Munhoz (PSDB), que perguntou a Gomes na audiência pública se ele era a favor do desmembramento salarial entre as polícias Civil e Militar, Gomes respondeu lendo uma carta que enviou ao jornal O Estado de S. Paulo, em 10/10. "Mudar a lei dando dignidade somente aos delegados e esquecer os operacionais da Polícia Civil é matar a vaca para acabar com o carrapato." (GF)



Constrangimento



Adriano Diogo (PT) reclamou que o governo do Estado irá fechar a Escola Estadual Mário Casassanta, de Vila Prudente. Segundo ele, a escola acabou de passar por reformas e é considerada a melhor da região. "No que vai se transformar a escola?", indagou. Em relação à audiência pública dos policiais, ocorrida nesta quinta-feira, 30/10, o deputado disse que ficou constrangido com a presença de dois policiais do serviço secreto, que faziam anotações e fotografavam os deputados no local destinado à imprensa. "Me senti vigiado, muito mal, e fui me sentar na última poltrona. As pessoas que estavam no plenário também perceberam", relatou. Para ele, é desnecessária a utilização desse serviço na Casa. (GF)



Esclarecimento



O presidente Vaz de Lima respondeu à indagação feita por Adriano Diogo, afirmando que a reunião foi absolutamente tranqüila e contou com a participação de vários presidentes de entidades ligadas à categoria da Polícia Civil. Afirmou que compete à presidência da Casa zelar pela integridade e incolumidade física de todas as pessoas presentes e que pediu que ninguém viesse armado, lembrando da proibição do porte de armas de fogo no recinto da Assembléia Legislativa. Informou que o questionamento feito pelo deputado será considerado.(SM)



Cumprimentos



A deputada Vanessa Damo (PV) cumprimentou a todos os prefeitos e vereadores eleitos em 2008. Parabenizou o deputado Mário Reali, eleito prefeito em Diadema, e Luis Marinho, eleito em São Bernardo do Campo. A parlamentar afirmou que o político deve honrar os seus compromissos feitos na campanha, independentemente de controvérsias políticas. Damo informou que também foi vereadora antes de assumir como deputada e destacou a importância do papel do vereador, que é ouvir os reclamos da população e buscar soluções. Desejou a todos os vereadores, em especial aos do Partido Verde, um bom mandato, bem como aos deputados da Casa que se elegeram prefeitos.



Limite insuportável



O deputado Carlinhos Almeida (PT) informou que a crise na Segurança Pública já dura mais de dois meses. Carlinhos lamentou que os governos do PSDB sucessivamente vêm implementando uma política de enfraquecimento da Polícia Civil, que se deve principalmente a más condições de trabalho, baixos salários e falta de pessoal. Segundo o parlamentar, a situação chegou a um limite insuportável, e o mínimo que se espera de um administrador "é disposição para o diálogo, o que não ocorreu, mas sim a turbulência, violência, intimidações e perseguições". Para Carlinhos, a crise é grave e a saída é o diálogo.



Insensatez



O deputado Olímpio Gomes (PV) disse que não está se esquecendo das classes dos agentes penitenciários e dos agentes de escolta e vigilância, pois o seu pai é guarda de presídio aposentado e, por isso, sabe da sua obrigação com relação a essa categoria profissional igualmente esquecida. Ele lamentou que a greve da Polícia Civil continue "por conta da insensatez do governador José Serra" e fez menção à triste manifestação ocorrida no dia 16/10 em frente ao Palácio dos Bandeirantes, que colocou a Polícia Militar em confronto com a Polícia Civil. O importante, segundo Gomes, é a união de todos os policiais e o resgate resgatar da dignidade da polícia de São Paulo.

alesp