Companheiros de 32

Edson Ferrarini (PTB) saudou as comemorações do 9 de Julho, data que marca a Revolução Constitucionalista, movimento iniciado no Estado de São Paulo contra o governo autoritário de Getúlio Vargas, em 1932. Filho de combatente, o deputado lembrou que os restos mortais de seu pai, Ítalo Ferrarini, estão sepultados no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, na capital paulista. "Meu pai era soldado da Força Pública e engajou-se na batalha", disse Ferrarini, ao narrar um resumo dos acontecimentos que culminaram com a revolta. Segundo Ferrarini, o espírito de luta de seu pai lhe foi deixado de herança, e uma recomendação sua foi constante: "Meu filho, quando eu morrer não se esqueça de me levar ao obelisco. Quero ficar junto de meus companheiros!".

Estado atrasado

As recentes mortes de agentes penitenciários refletem, segundo Ana Martins (PCdoB), a falta de perspectivas da sociedade, resultante da instabilidade na segurança pública. "Por que São Paulo está tão falido nas políticas voltadas para a criança e o adolescente? Porque a lei (o Estatuto da Criança e do Adolescente) não foi compreendida e porque em 12 anos de governo tucano em São Paulo não foi implementado um projeto pedagógico", afirmou Ana. A deputada reportou-se à experiência do Rio Grande do Sul, que modificou o sistema local de atendimento a jovens infratores e tem obtido índices de 90% de recuperação desses adolescentes. "São Paulo está atrasadíssimo na educação", completou.