Mais uma vez os deputados que compõem a base governista na CPI que investiga fraudes em licitações para a construção de casas populares pela CDHU "deram um golpe para nada ser apurado". Segundo a bancada do PT, para a reunião que aconteceu nesta terça-feira, 3/11, havia um acordo de serem votados os requerimentos para prorrogação do prazo da comissão, que já completa 90 dias. Seriam duas as propostas a serem votadas: prorrogação de 15 dias, como propunham os governistas, e 60 dias, como queriam os deputados do PT que integram a CPI, Antonio Mentor e Enio Tatto. Os requerimentos postos em votação foram rejeitados pela base governista, mas, inesperadamente, como em uma verdadeira ação golpista, os governistas já tinham em mãos o relatório final para ser votado. "Se a pauta era a votação dos requerimentos de prorrogação, porque eles já teriam feito o relatório. Foi uma manobra para pôr fim imediato às investigações que os tucanos temem", declarou o deputado Enio Tatto. Após muita discussão, os deputados do PT, que são minoria na comissão, conseguiram protelar a votação do relatório final para a próxima quinta-feira, 5/11. Na ocasião, eles irão apresentar um voto em separado. A CPI termina sem coletar seis depoimentos de convocações aprovadas. Ficou em aberto a análise de documentos sobre as providências do Judiciário para investigar irregularidades denunciadas, e das cópias do inquérito da Operação Pomar, solicitadas ao delegado da seccional de Presidente Prudente, entre outros documentos. imprensa@ptalesp.org.br