Em reunião conjunta realizada na última quarta-feira, 6/12, as Comissões de Relações do Trabalho e de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa de São Paulo discutiram alternativas para manter o emprego dos banespianos. A reunião contou com a participação do secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Yoshiaki Nakano, de representantes do Sindicato dos Bancários e da Associação de Funcionários do Banespa, além dos trabalhadores do banco.O secretário da Fazenda deixou claro que não há disposição política de defender o emprego dos trabalhadores do Banespa, mesmo com a manutenção do pagamento da conta-salário dos servidores públicos do Estado no banco. A respeito da privatização, Nakano não hesitou em defender o valor mínimo de R$ 1,85 bilhão estipulado para o leilão, e afirmou que "foi muita sorte o Santander ganhar". Segundo ele, uma multinacional tem mais condições para manter o banco do que uma empresa brasileira. No entanto, a exemplo das outras privatizações através de aquisição estrangeira realizadas pelo governo, o que tende a acontecer é a implementação de uma política de corte de pessoal e benefícios. O secretário também teve que responder acerca da dívida do Banespa com o governo federal, que passou de R$ 8 bilhões, em 1994, para R$ 29 bilhões, em 1996. O Sindicato dos Bancários responsabilizou o Estado pela dívida. "Foi a inércia do governo que fez a dívida aumentar. Até para garantir que não houvesse formas de renegociá-la". Oliver Simeoni, diretor do sindicato, acrescentou: "A questão não é partidária, é social. Tem que haver uma garantia para os funcionários!".A Comissão de Relações do Trabalho, presidida pelo deputado estadual Nivaldo Santana (PCdoB), continuará buscando formas de garantir o emprego dos banespianos. Na próxima reunião, dia 13 de dezembro, participará do debate o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Walter Barelli.(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Nivaldo Santana - b3886-6846/6849)