Deputado defende capacitação de mão-de-obra em seminário sobre gás


25/11/2003 15:57

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Da assessoria do deputado Fausto Figueira

O combate ao desemprego por meio da capacitação de mão-de-obra no setor de exploração de gás na Região Metropolitana da Baixada Santista foi defendido pelo deputado Fausto Figueira (PT) no Seminário "Gás na Economia/Bacia de Santos: Energia a Serviço do Desenvolvimento Regional", promovido pela Universidade Santa Cecília. Figueira foi um dos debatedores do painel "Necessidades de Formação de Mão-de-obra Especializada", na última sexta-feira, 21/11.

Figueira informou que no Estado, há apenas três entidades que oferecem cursos relacionados ao gás. A Unicamp, com a especialização em Engenharia do Gás Natural, voltado para sua distribuição e utilização; o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e o Senai, na Escola "Roberto Simonsen", com cursos profissionalizantes direcionados para a instalação, manutenção e distribuição do gás.

"A instalação de uma base regional de exploração e gerenciamento geraria trabalho para setores que vão desde áreas especializadas até a construção civil", afirmou Figueira, considerando o nível de desemprego da população local que chega a 20%.

Além de cursos de especialização, o parlamentar defendeu a adoção de atitudes concretas para atrair investimentos para o Estado: "São Paulo é responsável pelo consumo de 50% da produção de petróleo nacional e, no entanto, não tem uma unidade própria de negócios. A instalação de centros de administração e exploração aqui é uma questão estratégica, não só pelos royalties, mas pelo processo de gerenciamento que isto representa".

No Rio de Janeiro, 20% dos veículos já estão convertidos para o gás natural. A mais ampla grade de formação na área de petróleo, tanto para o nível técnico como para a graduação e pós-graduação, está instalada no Rio. Isto tornou-se fator decisivo na atração de empresas e obras de implementação do pólo Gás-Químico. Alguns indicadores sinalizam a geração de mais de 100 mil novos empregos, diretos e indiretos no país ligados a esse setor.

Figueira sugeriu a implantação de cursos técnicos e na área de tecnologia, voltados para esse setor, o que pode ser feito pelo Governo do Estado, através do Centro Estadual de Ensino Técnico e Tecnológico Paula Souza.

"A universidade precisa se tornar o braço tecnológico da indústria do gás natural na Baixada, através de termos de cooperação tecnológica envolvendo as indústrias locais, os produtores e distribuidores de gás, as universidades particulares e públicas além dos respectivos sindicatos de trabalhadores", explica o parlamentar. Como exemplo, ele citou a existência do CTPetro, um fundo setorial do petróleo e gás natural vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia cujo objetivo é estimular a inovação na cadeia produtiva do setor de petróleo e gás natural, a formação e qualificação de recursos humanos e o desenvolvimento de projetos.

O painel foi apresentado pelo gerente regional da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), João Adolfo Oderich, e debatido pelo presidente do Sindipetro, Alexandre Almeida e pelo deputado Fausto Figueira. O moderador da mesa foi o diretor da Faculdade de Engenharia da Unisanta, Áureo Pasqualeto.

ffigueira@al.sp.gov.br

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