DA ASSESSORIANo último dia 1.º de outubro, o prefeito de Salto sancionou a Lei n.º 2.319, que institui na rede municipal de ensino o Programa Interdisciplinar e de Participação Comunitária para Prevenção e Combate à Violência nas Escolas, de autoria do deputado Hamilton Pereira (PT), 1.º Secretário da Assembléia Legislativa.A propositura foi apresentada em maio pelo vereador Erasmo Rocha dos Santos (PT) que, como outros vereadores de diversos municípios do Estado, também recebeu o projeto de Hamilton Pereira.O programa transformou-se na Lei Estadual n.º 10.312 em maio de 1999, porém só está sendo aplicado em pouco mais de 100 escolas da rede estadual de ensino da Capital e da Grande São Paulo. Segundo Hamilton Pereira, a transformação do programa em lei municipal é uma forma de preencher parte desse vácuo deixado pelo governo do Estado."Cerca de 81% das escolas da rede pública estadual já sofreram algum tipo de violência, conforme mostra pesquisa realizada pela Udemo", afirma o parlamentar, e acrescenta que, por não ser um caso particular da rede estadual, é preciso garantir a expansão do programa para o interior do Estado, por meio da rede municipal de ensino.O deputado considera ainda que a aprovação do programa no âmbito municipal permitirá a aplicação da íntegra do projeto, corrigindo distorções da lei estadual, já que vários artigos do projeto original foram vetados pelo Governador.Hamilton Pereira considera que o envolvimento de alunos e de toda a comunidade na vida escolar gera um vínculo de respeito com o espaço da escola e entre os próprios membros da comunidade. "A partir do convívio social sadio e da promoção de medidas socioeducativas poderemos também sanar o problema de falta de opções de lazer, que é um grande gerador de violência", conclui.O ProgramaO Programa de Combate à Violência nas Escolas consiste em desenvolver ações educativas e de valorização da vida dirigidas a crianças e adolescentes, que fortaleçam o vínculo entre a comunidade e a escola.Isso se faria com a formação de grupos de trabalho, vinculados aos conselhos de escola, para atuar na prevenção da violência, analisar suas causas e apontar possíveis soluções. O programa prevê que todos os integrantes do grupo de trabalho, aí incluídos o corpo docente, os servidores operacionais da rede de ensino, bem como os membros da comunidade, sejam preparados para a prevenção da violência na escola, com suporte de técnicos de todas as áreas, além do engajamento de entidades não-governamentais. Além disso, o programa pode ser estendido a escolas particulares interessadas em parceria.