A Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia aprovou, nesta semana, proposta do deputado Fausto Figueira (PT), para realização de reunião conjunta com a CPI do Erro Médico, a fim de tomar depoimentos de dirigentes hospitalares e autoridades da saúde, a respeito da utilização de bomba de cobalto com tempo de vida útil superada no Hospital da Beneficência Portuguesa de Santos.

A suposta irregularidade teria acontecido a partir de 2006, quando a Comissão Nacional de Energia Nuclear, encarregada de fiscalizar esse tipo de equipamento, constatou a baixa eficácia da pastilha de cobalto utilizada. Existe a suspeita de que um grande número de pacientes com câncer pode ter sofrido, desnecessariamente, efeitos colaterais danosos. Com a diminuição do potencial da pastilha de cobalto, eram necessárias sessões de radiação mais prolongadas, aumentando o risco de lesões nos pacientes.

Figueira, presidente da Comissão de Saúde e Higiene, quer que a CPI do Erro Médico participe dos esforços de apuração do caso, ao lado do Ministério Público Estadual e do Conselho Regional de Medicina. A CPI do Erro Médico irá se reunir, no próximo dia 20/10, quando analisará o pedido de sessão conjunta feito pela Comissão de Saúde.

O deputado sugere que sejam ouvidos o diretor clínico da Beneficência, Pedro Eduardo Daher, o presidente da instituição, Ademir Pestana, o secretário da Saúde de Santos, Odílio Rodrigues, o diretor do Departamento Regional de Saúde/4, José Ricardo Di Renzo, a diretora do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde, Maria Cristina Megid, e um representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Na reunião da comissão que aprovou o pedido de Figueira, o deputado Pedro Tobias (PSDB) afirmou ter acontecido problema semelhante no Hospital Manoel de Abreu, gerido pelo Hospital Estadual de Bauru. Por essa razão, a Comissão de Saúde também irá propor à CPI a convocação do diretor clínico do Hospital de Bauru e do diretor da DIR daquela região.



ffigueira@al.sp.gov.br