DA REDAÇÃO Em reunião nesta quinta-feira, 4/10, os membros da CPI que investiga irregularidades no sistema prisional, presidida pela deputada Rosmary Corrêa (PMDB), definiram os deputados que ocuparão as duas sub-relatorias. O deputado Wagner Lino (PT) ficou com a incumbência de sistematizar os dados relativos a falhas do sistema, já o deputado Carlos Sampaio (PSDB) acumula a relatoria geral e a sub-relatoria sobre sistematização estrutural, que fará um diagnóstico do funcionamento atual do sistema carcerário estadual. O trabalho dos sub-relatores deverá produzir relatório com sugestões para modificar a estrutura do sistema, bem como as rotinas de trabalho, além de mudanças no conjunto de leis que regulam a matéria.Os deputados acordaram que o primeiro caso a ser apurado em profundidade é o do assassinato de diretor de uma faculdade em Guarulhos, ocorrido em 1998, e que foi cometido por um presidiário que realizava trabalhos fora do presídio. Segundo informações que serão confirmadas, o preso conhecido como "Delafina" prestava serviço no escritório de Sérgio Salvador e teria sido liberado para assassinar o diretor da faculdade em seu horário de trabalho. Preso em flagrante, quando incendiava o carro da vítima, "Delafina" teria confessado aos policiais militares a sua "liberação" para executar o crime. Os deputados convidaram para a próxima quarta-feira, 10/9, a delegada que abriu o inquérito do homicídio, Elizabeth Sato, para prestar esclarecimentos. Além da policial civil, é esperado o comparecimento à Assembléia dos policiais militares que efetuaram a prisão. "Delafina" também deverá ser ouvido. Os deputados querem saber se de fato houve autorização oficial, e de quem, para que o preso se ausentasse do local onde prestava serviço.Os deputados aprovaram, ainda, o pedido de envio à CPI de relatório sobre as fugas que têm ocorrido no presídio de Franco da Rocha e de resumo do inquérito do roubo à casa do deputado Alberto Calvo (PSB). Crime no qual existiu a participação de "Pateta" um dos fugitivos do sistema.