"A sociedade santista perdeu um homem de imenso valor e um grande jornalista. Nós, do PT, perdemos um companheiro de primeira hora, que tanto contribuiu para a construção do partido e para o sucesso de nossos governos em Santos. Eu, particularmente, perco um grande amigo, conselheiro de todas as horas, que deixa um legado para as novas gerações e uma lacuna na vida de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo", declarou Maria Lúcia Prandi (PT) ao lamentar a morte de José Rodrigues. A carreira de José Rodrigues começou em 1969. Um ano depois, estava em A Tribuna, onde trabalhou até 1983. Em 1971, ganhou o prêmio Esso, por uma reportagem sobre o salário mínimo, pauta que dividiu com a também jornalista Miriam Guedes de Azevedo e o fotógrafo Cândido Gonzalez. Especialista em porto e no setor cafeeiro, Zé Rodrigues foi assessor da Associação Comercial de Santos e do Instituto Brasileiro do Café. No governo Telma de Souza, foi nomeado coordenador de Assuntos Portuários, cargo que também ocupou na gestão do prefeito David Capistrano. Proprietário de algumas ações da Codesp, fez a doação dos papéis à prefeitura, para que o município passasse a ter assento no Conselho de Administração Portuária. Foi precursor na luta para que as cidades portuárias tivessem participação na gestão do porto. Na última década, Zé Rodrigues era correspondente do jornal Valor Econômico. Sua paixão pelo jornalismo contagiou uma de seus cinco filhos, Flávia de Domênico. Era casado há 47 anos com Myriam de Domênico Rodrigues, com quem também dividia a coordenação da ONG Ação de Recuperação Social. mlprandi@al.sp.gov.br