Lei municipal de saneamento A bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembléia manifesta, em 25/11, por meio desta nota pública, o seu total e irrestrito apoio à nova Lei Municipal da Prefeitura paulistana, instituindo a Política Municipal de Saneamento e abrindo caminho para uma nova era nos serviços de água e saneamento da Capital. Nossos deputados sempre lutaram por mais transparência na gestão da companhia e, agora, isso pode tornar-se realidade em São Paulo. Neste momento, gostaríamos de colocar publicamente algumas questões: 1. Por que a Sabesp repassou ao caixa geral do governo R$ 800 milhões no ano passado (em operações de vendas de ações e pagamento de dividendos), sendo que há uma flagrante falta de investimentos no sistema de água e saneamento (vide poluição dos rios e represas, ameaça constante de racionamento, etc)? Não seria melhor manter esta verba no sistema? 2. Por que a conta de água no Interior custa de 10% a 50% menos do que na Capital? 3. Por que a Sabesp resiste em fechar contrato com a Prefeitura de São Paulo, se já tem o documento assinado com a maioria dos 366 municípios do Estado em que opera? 4. Se o serviço de tratamento de esgoto tem padrões "de primeiro mundo", como a empresa sempre afirma, por que os rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí são tão poluídos, bem como as represas Billings e Guarapiranga? 5. Por que todo ano em que a estiagem se prolonga, a população fica assombrada pela ameaça de racionamento e a única providência que a empresa toma é torcer para que chova e culpar a população por desperdícios? Por que não se buscam soluções como novas fontes de abastecimento e o investimento no controle de perdas?Antonio Mentor Líder da Bancada do PT na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo