Da assessoria da deputada Maria Lúcia PrandiA participação de mais de 500 educadores da rede estadual marcou a audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, no dia 9/8, para discutir a proposta de reajuste salarial. O encontro, coordenado pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), presidente da comissão, antecedeu o ato público que a categoria realizará no dia 26, na avenida Paulista.A defasagem foi acentuada nos últimos 10 anos, conforme testemunhou Roberto Leme, presidente do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo). Ele destacou que o salário da categoria representa hoje menos de 60% do poder aquisitivo que os professores dispunham antes do Plano Cruzado, em 1986.O pior, avalia a deputada, é que, mais uma vez, o Governo do Estado silencia diante das reivindicações. O presidente do Centro do Professorado Paulista, ex-deputado Palmiro Mennuci, confirmou que o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, descumpriu a promessa de apresentar à Assembléia Legislativa, até 15 de junho, projeto de reajuste salarial dos professores.O presidente do Sindicato dos Supervisores de Ensino do Estado de São Paulo (Apase), Severino Garcia Neto, classificou como "demagógico" o bônus que tem sido oferecido anualmente aos docentes. Conforme enfatizou, "o Governo retém o nosso salário por todo o ano e nos devolve depois, como se estivesse dando-nos um prêmio". A deputada Prandi lembra que o bônus sequer é extensivo aos aposentados. O fato foi também criticado por Zilda Guerra, da Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp), que reivindica a incorporação de gratificações, vantagens e bônus.O presidente do Sindicato dos Professores (Apeoesp) criticou os baixos investimentos em Educação. Alertou que os repasses para o setor deveriam estar em torno de 10% do PIB, percentual distante dos 4,7% atuais (3,5% no Estado de São Paulo).e-mail: mlprandi@al.sp.gov.br