Atendimento médico de qualidade

OPINIÃO - Milton Vieira*
02/04/2004 15:59

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Para a população carente, que não pode arcar com os altos custos dos planos e seguros de saúde, a única saída é recorrer ao atendimento prestado pelos hospitais da rede pública.

Sabemos que muitos desses estabelecimentos estão sucateados. Aliás, a saúde pública em todos os níveis da administração pode ser classificada dessa forma. Mas ainda há exceções.

Das instituições que fogem a essa regra, podemos citar os estabelecimentos que integram os Hospitais das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A unidade da capital, que recebia, até algumas semanas, cerca de 15 mil pessoas ao dia, agora, mudando sua estrutura, passa suas atribuições aos postos de saúde, diminuindo assim o excesso de pacientes que superlotavam suas dependências diariamente.

Não sabemos, ainda, se delegar obrigações é o caminho certo para a solução do problema. Teriam as unidades delegadas a mesma condição técnica?

Olhando esse problema de perto, pudemos verificar a situação do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

É certo que equipamentos modernos foram adquiridos para melhorar o serviço prestado por aquele nosocômio. Porém, uma coisa ficou clara: a par da aquisição de equipamentos de última geração e leitos disponíveis, a contratação de servidores, que não ocorre desde janeiro de 2003, torna esses equipamentos e leitos ociosos, por falta de funcionamento adequado.Não basta, portanto, o aparato técnico, se o recurso humano não está presente para operá-los.

A exemplo do HC da capital, o de Ribeirão Preto atende não só a população local, como a dos municípios vizinhos, bem como de outros Estados.

Com esse fundamento, ratificando manifestação feita em plenário, apelamos ao governador do Estado para que supra a falta de servidores nos Hospitais das Clínicas, para que a população seja atendida com a dignidade que merece.

*Milton Vieira é deputado estadual pelo PFL

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