Arnaldo Jardim disse que está estarrecido com os lucros dos bancos

PLENÁRIO
13/03/2002 18:14

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O sistema bancário brasileiro é, para o deputado do PPS Arnaldo Jardim, "o vampiro que suga energia do setor industrial" e que teve, segundo ele, seu patrimônio líquido nos oito anos de plano real. Jardim se disse estarrecido com a condição dos bancos e os lucros obtidos pelo sistema bancário brasileiro. O deputado apresentou números que mostram que uma pessoa que colocou R$ 100 na poupança em 1º de julho de 1994 teria hoje R$ 374. Já, se a mesma pessoa ficasse devendo no cheque especial o mesmo valor, na mesma data, teria uma dívida hoje de R$ 139.259. Jardim discorreu ainda sobre as preocupações do governo federal com os bancos à época da implantação do Plano Real, a ponto de ter criado um programa para proteger essas instituições, o Proer. "O governo alegava que o setor que teria maiores problemas com o Real seria o bancário", disse Jardim que complementou sua argumentação afirmando que os bancos, ao mesmo tempo em que dobravam seu patrimônio líquido, diminuíram sua contribuição ao Imposto de Renda. "Em 1994, os bancos recolheram ao IR R$ 3 bilhões, como taxação de seus lucros. Em 2001, a contribuição foi de R$ 1,29 bilhão."

alesp