Moradores dos bairros Cota querem solução para o abastecimento de água


16/09/2005 16:01

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O problema no abastecimento de água nos bairros Cota, em Cubatão, será exposto pelo 1º secretário da Assembléia, o deputado Fausto Figueira (PT), ao secretário de Estado do Meio Ambiente, José Goldemberg, na próxima quinta-feira, 22/9, às 16 h, na sede da secretaria, em São Paulo.

Figueira pedirá apoio do secretário para encontrar possíveis saídas para o impasse que está impedindo a instalação de um sistema de abastecimento com água tratada para os 15 mil moradores da região, que consomem atualmente água contaminada com altos índices de coliformes fecais.

De acordo com avaliação do Serviço de Vigilância Sanitária de Cubatão, a água captada em nascentes da Serra do Mar, em área de preservação ambiental, por meio de um sistema precário de caixas e mangueiras, além de contaminada, apresenta coloração amarelada e gosto ruim, resultado da presença de óxido de ferro em quantidades acima do normal. Por conta da contaminação, os moradores dos bairros Cota e do Vale Verde correm riscos de contrair doenças como hepatite A, cólera, disenteria amebiana e bacilar, febre tifóide, gastrenterites, giárdias, paralisia infantil e salmonela.

Em reportagem publicada pelo jornal A Tribuna, em 6/9, Figueira explicou que, embora o pleito dos moradores seja justo, a Sabesp só pode iniciar o projeto definitivo para instalar água nas cotas se a prefeitura aceitar o repasse da área, desmembrada do parque florestal por lei aprovada pela Assembléia Legislativa em 1994. Para concluir esse processo, falta um laudo técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre as condições geológicas das áreas ocupadas dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, atestando a possibilidade de incluir a Cota 400 no repasse.

O deputado Figueira, no dia 5/5 deste ano, entregou ao prefeito Clermont Silveira Castor, no Paço Municipal de Cubatão, minuta do termo de cooperação entre o IPT e a prefeitura, sugerida pelos próprios técnicos do instituto. Esse convênio, no entanto, ainda não foi firmado, o que seria uma das razões para o impasse.



ffigueira@al.sp.gov.br

alesp