PRÊMIO PARA PMS NOTA 10: PUNIÇÃO

Afanasio Jazadji*
11/03/2002 19:00

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Não demorou muito. Enquanto a população paulista, cansada de ser refém de bandidos, comemorava a ação eficaz da Polícia Militar no caso do ataque ao comboio do PCC que culminou na morte de 12 assaltantes perto de Sorocaba, a triste minoria de defesa dos direitos humanos de criminosos saiu a campo e já fez estragos.

Infelizmente, conforme previ logo após aquele episódio, os mais de 100 homens da PM - de soldados a coronéis - estão sendo retirados das ruas para receber castigo. Existe mesmo um tipo de punição que vem impondo limite à polícia desde o início do governo Mário Covas e permanece em vigor no governo Geraldo Alckmin. Trata-se do Proar, o Programa de Acompanhamento de Policiais Envolvidos em Ocorrência de Alto Risco, um regulamento absurdo, que atemoriza os policiais que participam de ações violentas, acabam sendo retirados de serviço e são submetidos a uma reciclagem por 21 dias, enfrentando sessões com psicólogos. O comando da PM já avisou que os policiais do ataque ao comboio de assaltantes serão submetidos ao Proar.

Além disso, entidades de defesa dos direitos humanos, mais uma vez, distorcem os fatos e levantam suspeitas sobre a validade do ataque da PM, lançando a pergunta: por que morreram só assaltantes? É o caso de se convidar esse pessoal para dar um pulo até o Cemitério do Araçá a fim de visitar o Mausoléu da PM, conferindo placas de jazigos, para verificar quantos policiais tombaram mortos, ultimamente, no cumprimento do dever.

Existem, sim, os maus policiais, que abusam da violência e até passam para o lado dos criminosos. Alguns deles estão na cadeia, outros terão de enfrentar a Justiça. Mas os que agiram em Sorocaba merecem condecoração e não esse absurdo tipo de punição.

*Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL

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