Deputado pede substituição das "escolas de lata"


23/02/2005 18:35

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Da assessoria do deputado Baleia Rossi

O deputado estadual Baleia Rossi, do PMDB, encaminhou requerimento ao governador Geraldo Alkmin protestando contra as péssimas condições das instalações das chamadas "escolas de lata" da rede de ensino estadual, que funcionam em cinco bairros periféricos de Ribeirão Preto.

No requerimento, Baleia reivindica do governador providências imediatas para substituir as instalações de tais "escolas" por construções novas, que ofereçam condições adequadas para o aprendizado. Segundo o deputado peemedebista, "não é possível admitir que cerca de 3.500 alunos e dezenas de professores e demais funcionários continuem, em 2005, pelo quarto ano consecutivo, estudando, lecionando e trabalhando em salas de aula construídas com materiais como zinco, isopor e madeira".

Baleia Rossi informa ao governador que as instalações das "escola de lata" que funcionam em Ribeirão Preto são tão precárias que até o Ministério Público passou a investigar, por meio de inquérito, a qualidade da construção dessas unidades. "O teto de zinco faz as salas de aula se transformarem em fornos, por causa da sensação térmica", comenta. O deputado aponta outros problemas, além do calor insuportável: "A estrutura dessas escolas deixa também vazamentos que, durante as chuvas, causam goteiras nas salas de aula", revela.

Baleia garante a Alckmin que a qualidade de ensino neste tipo de salas de aula vem sendo muito prejudicada e lamenta que não haja até o momento na Secretaria da Educação nenhum projeto visando a substituição das instalações das escolas de lata por prédios novos, capazes de oferecer condições adequadas para um aprendizado eficaz.

Definida pelo Estado como "Padrão Nakamura", estas construções começaram a ser implantadas há aproximadamente quatro anos em caráter emergencial para suprir a demanda escolar da época. No seu requerimento, Baleia argumenta que, até por ter sido construídas em caráter emergencial, estas instalações escolares deveriam ser provisórias e não definitivas. Em Ribeirão Preto as "Escolas de lata" funcionam nos bairros Jardim Progresso, Parque dos Servidores, Jardim Paiva, Portal do Alto e Dom Mieli. "Como se vê, os maiores prejudicados são exatamente os alunos oriundos das camadas mais humildes da população", argumenta Baleia no requerimento encaminhado ao governador.

baleiarossi@al.sp.gov.br

alesp