Medidas protecionistas norte-americanas são tema de discurso de Arnaldo Jardim

PLENÁRIO
07/03/2002 18:23

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O deputado Arnaldo Jardim (PPS) discorreu a respeito das medidas de proteção à indústria siderúrgica norte-americana instauradas pelo governo George Bush, com o aumento de sobretaxas e estabelecimento de cotas, principalmente em relação ao aço. As medidas, segundo ele, atingiram o mundo todo e arrancaram manifestações contrárias até do primeiro-ministro Tony Blair e de representantes da União Européia, "aliados tradicionais dos Estados Unidos, unidos num reclamo único". Jardim disse que não seria mais um a criticar, até porque isto já era de se esperar. "Bush fez o que um presidente deve fazer: agiu em defesa de seu povo, dos empregos para seus trabalhadores e de seu país", falou, pedindo em seguida que aqui se faça o mesmo. Segundo ele, no Brasil a cartilha neoliberal do FMI tem sido aplicada sem nenhum tipo de ressalva. "Ele não está errado. O surpreendente é que nós não fazemos o mesmo." O deputado lembrou as críticas dos Estados Unidos e até da imprensa brasileira aos subsídios agrícolas brasileiros, particularmente à cana-de-açúcar, visando ao aumento da produção de álcool. "Diziam que era para ajudar usineiros e fazendeiros. Mas os Estados Unidos têm uma lei de subsídios agrícolas. De acordo com Jardim, os Estados Unidos falam de livre comércio, mas criam subsídios e sobretaxas; defendem a lei das patentes, mas vêm à nossa Amazônia fazer pesquisa e extrair. "Pimenta nos olhos dos outros não dói. Não se trata de condenar. Praticaram aqui o que não fazem lá."

alesp