Da assessoria do deputado Donisete BragaA Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Donisete Braga (PT), vai requerer da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) laudo detalhado sobre a mortandade de peixes na lagoa de Carapicuíba, que vem servindo de depósito da lama retirada das obras de rebaixamento da calha do rio Tietê. Nesta terça-feira, 3/6, com o auditório Franco Montoro totalmente lotado, a comissão ouviu por mais de 3 horas explicações sobre a contaminação, dos representantes da Cetesb e DAEE.Para Lineu José Bassoi, diretor de Engenharia da Cetesb, a mortandade de peixes se explicaria pela falta de oxigênio na água da lagoa, em conseqüência do esgoto doméstico. O engenheiro Eduardo Engel, cujo parecer motivou liminar da Justiça Federal paralisando o depósito, acredita que ela estaria ligada ao impacto provocado pelo aterramento, que, "num efeito mecânico", levantou o lodo depositado no fundo do reservatório.A Promotoria Pública de Barueri informou aos membros da comissão que tramita naquela comarca um inquérito civil para apurar eventuais danos à lagoa. A pedido dos promotores, dentro de 90 dias, técnicos da Unicamp, USP e Federal de São Carlos concluem laudo sobre os resíduos depositados e os danos que poderão causar ao meio ambiente.Questionado sobre o custo de depositar os resíduos em aterro adequado, o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, respondeu que o governo do Estado está economizando cerca de R$ 300 milhões com o despejo da lama na lagoa. Segundo Borsari, como compensação o DAEE vai preparar a área para a construção de um parque público.O presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente quer mais esclarecimentos sobre o assunto, que deve entrar na pauta da próxima reunião da comissão, na terça-feira, 10/6.dpbraga@al.sp.gov.br