Defesa do meio ambiente quer detalhes sobre mortandade de peixes em Carapicuíba


04/06/2003 15:10

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Da assessoria do deputado Donisete Braga



A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Donisete Braga (PT), vai requerer da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) laudo detalhado sobre a mortandade de peixes na lagoa de Carapicuíba, que vem servindo de depósito da lama retirada das obras de rebaixamento da calha do rio Tietê. Nesta terça-feira, 3/6, com o auditório Franco Montoro totalmente lotado, a comissão ouviu por mais de 3 horas explicações sobre a contaminação, dos representantes da Cetesb e DAEE.

Para Lineu José Bassoi, diretor de Engenharia da Cetesb, a mortandade de peixes se explicaria pela falta de oxigênio na água da lagoa, em conseqüência do esgoto doméstico. O engenheiro Eduardo Engel, cujo parecer motivou liminar da Justiça Federal paralisando o depósito, acredita que ela estaria ligada ao impacto provocado pelo aterramento, que, "num efeito mecânico", levantou o lodo depositado no fundo do reservatório.

A Promotoria Pública de Barueri informou aos membros da comissão que tramita naquela comarca um inquérito civil para apurar eventuais danos à lagoa. A pedido dos promotores, dentro de 90 dias, técnicos da Unicamp, USP e Federal de São Carlos concluem laudo sobre os resíduos depositados e os danos que poderão causar ao meio ambiente.

Questionado sobre o custo de depositar os resíduos em aterro adequado, o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, respondeu que o governo do Estado está economizando cerca de R$ 300 milhões com o despejo da lama na lagoa. Segundo Borsari, como compensação o DAEE vai preparar a área para a construção de um parque público.

O presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente quer mais esclarecimentos sobre o assunto, que deve entrar na pauta da próxima reunião da comissão, na terça-feira, 10/6.

dpbraga@al.sp.gov.br

alesp