Economia Solidária já tem 812 empreendimentos em São Paulo


29/11/2007 17:21

Compartilhar:


Aos poucos a economia solidária vai ganhando espaço como notícia nos meios de comunicação, como objeto de pesquisa e mesmo se constituindo como disciplina nas universidades e se tornando política pública específica de vários governos.

E seus números já não são pequenos: segundo mapeamento feito pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho, órgão criado pelo Governo Lula, já são 21.800 os empreendimentos identificados e pesquisados, movimentando mais de R$ 6 bilhões. A maioria desses empreendimentos fica nos estados do Nordeste e 10% deles são cooperativas.

No Estado de São Paulo são 812 empreendimentos, envolvendo 29 mil pessoas (41% mulheres e 59% homens), dos quais 607 ficam na área urbana e apenas 71 na área rural (os outros 134 mesclam as duas áreas), ao contrário do resto do Brasil onde predominam os negócios no setor rural. Quase metade desses empreendimentos (359), segundo seus participantes, foi constituída como alternativa ao desemprego, ou seja, as pessoas se juntaram para construir alternativa de trabalho e renda. Entre elas, 17 são empresas recuperadas de massas falidas, hoje tocadas por cooperativas em forma de auto-gestão.

A Economia Solidária é um conceito mais amplo do que o cooperativismo. Ela busca gerar trabalho e renda para os trabalhadores envolvidos e cujos empreendimentos (empresas em autogestão, associações, cooperativas, clubes de trocas e compras comunitárias) são geridos de forma democrática, a propriedade dos meios de produção é coletiva e os resultados são repartidos entre os participantes.

O deputado Simão Pedro, coordenador da Frente pela Economia Solidária, lançada em 23/11, explica que já está pronto para ser votado em Plenário o Projeto de Lei 806/2004, de sua autoria, que institui o "Programa Estadual de Fomento à Economia Popular e Solidária" para apoiar os empreendimentos do setor em todo o Estado.

spedro@al.sp.gov.br

alesp