Daia deve vistoriar aterro no distrito do Taboão


31/05/2006 09:04

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O Departamento de Avaliação do Impacto Ambiental (Daia) poderá vistoriar o Taboão, em Mogi das Cruzes, com intuito de verificar quais serão os possíveis danos ambientais ao distrito caso o aterro sanitário da Queiroz Galvão entre em operação. O órgão, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, também avalia a possibilidade de promover uma série de audiências públicas na cidade. O objetivo é discutir o empreendimento junto à comunidade antes da liberação de sua licença prévia.

A promessa foi feita na terça-feira, 30/5, durante audiência entre representantes do Daia, o deputado Luis Carlos Gondim (PPS) e diretores de entidades ligadas ao meio ambiente. Na ocasião, o parlamentar também reivindicou junto ao departamento que o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (Eia-Rima) não fiquem restritos somente ao aterro e abranjam todo o distrito.

Na avaliação do deputado, a preocupação principal é de que esse investimento prejudique os agricultores daquela região. "No encontro, a diretoria do Daia prometeu avaliar todos esses pedidos", informou Gondim.

Outro temor, segundo o parlamentar, é que o aterro possa causar problemas para um assentamento com aproximadamente 100 famílias, montado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na região. "Essa situação também vai envolver diretamente os moradores, além das empresas e dos produtores."

O parlamentar e as lideranças das entidades ligadas ao meio ambiente reiteraram a possibilidade de ocorrerem sérios impactos ao meio ambiente, porque o empreendimento fica próximo a um córrego que deságua num afluente do rio Paraíba do Sul. O medo é de que o lixo coletado acabe se expandindo para outros municípios.

Depois de construído, o aterro da Queiroz Galvão, que ocupará uma área de 2,16 milhões de metros quadrados, vai receber o lixo de 38 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, exceto da capital.

lcgondim@al.sp.gov.br

alesp