Governo estadual atende reivindicação e libera recursos para quatro entidades assistenciais da Região


15/04/2002 15:16

Compartilhar:


Ao todo, estão sendo liberados R$ 75 mil para a APAE de Cubatão, a Associação de Paes e Amigos dos Autistas de Santos e o CRPI e a APAE de Guarujá

DA ASSESSORIA

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está comemorando a liberação, pelo governo estadual, de recursos para quatro entidades assistenciais da Região Metropolitana da Baixada Santista. Ao todo, estão sendo repassados R$ 75 mil para a APAE de Cubatão, a Associação de Pais, Amigos e Educadores de Autistas (APAEA) de Santos, e o Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral e a APAE, ambos de Guarujá. O repasse dessa verba é fruto do empenho da deputada Prandi, que desde o início deste ano vinha reivindicando a liberação do auxílio ao governo do Estado.

"A obtenção desses recursos é uma vitória muito significativa, que nos enche de forças para continuarmos lutando por mais verbas, obras e serviços para a Baixada. Além disso, não há como não destacar o significado especial dessa liberação, porque o dinheiro irá auxiliar o funcionamento de entidades assistenciais, que lutam heroicamente para atender crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais", afirma Maria Lúcia. Conforme ressalta a parlamentar, a luta é para que todas as entidades recebam o apoio governamental. "Dessa vez, quatro foram beneficiadas. Vamos continuar lutando para que muitas outras também recebam recursos do Estado", enfatiza, consciente de que os recursos ainda são pequenos diante da necessidade dessas entidades.

Para a presidente da APAE de Guarujá, Avanir da Silva Barreiro, a liberação dos recursos ocorreu num momento especialmente importante. "Este dinheiro irá nos ajudar a concluir a construção de nossa nova sede, que será inaugurada oficialmente no próximo dia 26", afirma ela. Fundada há seis anos, a entidade funcionava num imóvel pequeno no Jardim Helena Maria. Agora, conta com um local mais amplo, que proporciona melhores possibilidades de atendimento às 138 crianças, adolescentes e adultos portadores de síndrome de Down, autismo e deficiências múltiplas (mental e física). Além do tratamento pedagógico e terapêutico, também oferece oficinas para capacitação profissional dessas pessoas.

O presidente do CRPI, Nassim Mussa Gaze, também celebrou o repasse de verbas pelo governo. "É inegável que precisamos desse suporte financeiro. Para mantermos a qualidade do atendimento, necessitamos de um volume grande de recursos. Por isso, toda ajuda é muito bem-vinda", explica Viola, como é conhecido o presidente do Centro. Fundado no início da década de 60, o CRPI atende 254 adolescentes e crianças de toda Baixada, que estudam e recebem tratamento de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pedagogos e psicólogos. Em breve, também será iniciada a construção da nova sede da entidade, o que possibilitará a ampliação do número de pessoas atendidas e a oferta de outras opções de tratamento.

"A liberação desses recursos é importante, porque enfrentamos extrema dificuldade para manter nossas portas abertas. Esse dinheiro tem um significado bastante especial", enfatiza Tereza Biancardi Mejias, presidente da APAEA. Criada há 16 anos, a entidade atende 33 autistas, divididos em turmas de no máximo cinco crianças ou adolescentes em cada. Além do atendimento em sala de aula feito por uma pedagoga do excepcional e uma auxiliar de classe, eles também recebem tratamento fonoaudiológico e têm aulas de Educação Física. Há, ainda, oficinas de trabalhos manuais, acompanhamento psicológico familiar e atividades de sociabilização, que incluem passeios a diversos locais de Santos. Futuramente, a Associação pretende instalar a ''Casa dos Autistas'' que, entre outras funções, servirá de moradia para os excepcionais sem família.

A presidente da APAE de Cubatão, Maria Isabel dos Santos, não conteve a alegria diante da informação. Segundo ela, os recursos serão usados na melhoria da infra-estrutura da entidade, com a compra de equipamentos para os setores de fonoaudiologia, fisioterapia e psicologia, além das oficinas. "Estávamos precisando desses novos equipamentos, mas não tínhamos os recursos necessários. Com a liberação dessa verba, poderemos comprá-los e melhorar ainda mais o atendimento que prestamos", explica Isabel. Fundada há menos de dois anos, a entidade já atende 120 alunos nas áreas de Educação Precoce e Fundamental, além das Oficinas Abrigadas. A APAE conta, ainda, com apoio de profissionais nas áreas de fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e pedagogia, entre outras.

alesp