O que emperra a construção de um novo centro de detenção provisória (CDP) na Região Metropolitana da Baixada Santista, colocando fim à carceragem anexa à delegacia de polícia sede de Guarujá? A pergunta foi encaminhada pela deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP), por meio de requerimento de informações protocolado, nesta quarta-feira, 28/11, na Assembléia Legislativa.

"É uma situação absurda. A ação rápida da polícia impediu que uma fuga em massa ocorresse, o que colocaria em risco a segurança da cidade. Mas é preciso colocar fim a esta novela que envolve a construção de um novo CDP na região", enfatiza a parlamentar, autora de emenda orçamentária no valor de R$ 5 milhões para a obra.

Prandi recorda que essas pendências se arrastam há anos. Em outubro de 2005, em reunião na sede da SAP, o então secretário Nagashi Furukawa chegou a afirmar que até setembro do ano passado o CDP a ser construído na área continental de Santos estaria pronto e abrigaria 768 presos. Em abril de 2006, em nova audiência, o ex-titular da SAP informou que um atraso no repasse da área pela prefeitura de Santos travara o avanço do projeto, que também inclui um presídio feminino e uma unidade da Fundação Casa.

De acordo com a deputada, a solução para esta questão interessa à população de toda região. "Além da desativação da cadeia de Guarujá, a construção do CDP permitirá a que seja desativado o xadrez anexo ao 5º Distrito Policial de Santos, que também enfrenta problemas. Mais ainda: a edificação de um presídio feminino possibilitará a extinção das cadeias para mulheres de Santos e São Vicente. E a criação de uma nova unidade da Fundação Casa propiciará um trabalho mais resolutivo com adolescentes autores de atos infracionais".

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