Notas de Plenário


09/05/2005 17:49

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Menos de 100 metros

O deputado José Dilson (PDT) comentou os inúmeros atos de violência que vêm acontecendo nas proximidades da Assembléia Legislativa. "Sexta feira minha assessora de gabinete estava a menos de 100 metros da Casa, quando parou seu carro para que um rapaz pudesse atravessar a rua. Ele observou que a bolsa dela estava no banco de passageiros e com uma cotovelada quebrou o vidro da janela, se apossou de sua bolsa e saiu andando normalmente entre os carros". O deputado contou que, após o ocorrido, a assessora retornou até a Assembléia onde foi recebida e orientada pelo capitão da Polícia Militar a fazer um boletim de ocorrência. "O que me chama a atenção é que nas proximidades do Poder Legislativo esses crimes aconteçam com tanta freqüência. Deixo um apelo para que o comando da Casa possa atuar pelo menos num raio de 200 metros, trazendo mais segurança para a população".

Organização criminosa

"Parabenizo os pracinhas do país que lutaram de 1939 a 1945. Ontem, todo o mundo comemorou a vitória da democracia contra o nazifascismo", afirmou o deputado Palmiro Mennucci (PPS). Após lembrar o período da 2ª Guerra Mundial, o parlamentar destacou uma matéria veiculada pela mídia, sobre jovens traficantes que agrediram o diretor de uma escola na Moóca. "O diretor chegou a ser ameaçado de morte. Estamos todos cansados disso, a violência está tão disseminada quem ninguém mais agüenta falar dela. Chega-se à conclusão de que organizado, neste país, somente o crime", disse o deputado. Palmiro acredita que a presença do tráfico e do consumo de drogas nas escolas diminui a probabilidade do aluno aprender e progredir. "Crescimento econômico e educação. Essa é a única combinação que fará do Brasil um país justo e próspero", finalizou.

Rota na Febem

O deputado Conte Lopes (PP) também comentou os freqüentes assaltos que estão ocorrendo nas proximidades da Assembléia Legislativa. "A insegurança é uma constante, é preciso que se faça alguma coisa para enfrentar os bandidos, e só se vai combater o crime valorizando e dando condições aos policiais". Conte Lopes indagou a atual função da Rota que, segundo ele, está atualmente cuidando dos menores da Febem. O parlamentar discorda do uso do "policiamento pesado" da Rota para a vigilância dos menores. A liberação de detentos no dia das mães também não agrada o deputado. "Dos bandidos liberados no dia das mães, 5 ou 6 já foram presos em flagrante cometendo assaltos. Alguns nem tinha mãe, não entendo porque vão para as ruas".



Assédio moral

O deputado Fausto Figueira (PT) contestou a prioridade que o governador Geraldo Alckmin dá para o setor da saúde no Estado de São Paulo. O Iamspe passa por dificuldades e agora passará a dar assistência a 32 mil funcionários da Febem. O salário base de um médico da Secretaria da Saúde é de R$ 187,11, de um psicólogo, R$ 161,91, de um auxiliar de enfermagem, R$77,78, um auxiliar de serviços, R$44 e o salário família mensal é de R$0,44 por filho. O parlamentar disse que iria entregar para o presidente da Assembléia um abaixo-assinado dos funcionários contra o que chama de "assédio moral" nas repartições públicas do Estado. "Basta dessa situação de humilhação. Essa política carateriza o Robin Hood às avessas, tirando do pobre e dando ao rico".

Eqüidade

"Os funcionários da Febem pediram para ingressar no Iamspe, a superintendência fez convênio com a Febem, e receberá de cada funcionário o que recebe dos demais funcionários do Estado", disse o deputado Milton Flávio (PSDB). O parlamentar afirmou que o que se cobra agora é uma eqüidade que o governo Lula não faz. O governo atual recebeu do anterior uma massa de funcionários públicos que cresceu 10% em 2 anos e meio de novo mandato, e mesmo assim a população ainda não sentiu a melhora. "O governo é incapaz de planejar. Quem está pagando a conta é o povo, com impostos e taxas".

Superlotação

O deputado Simão Pedro (PT) discordou da informação divulgada hoje pela Folha de S. Paulo, que afirma que o presidente criou 19 mil cargos novos desde que iniciou seu mandato, sendo que 16 mil por concurso público. A superlotação da carceragem da cidade de Mogi Guaçu foi o tema abordado em seguida: atualmente ela abriga 224 presos, quando deveria ter no máximo 24 pessoas. "O Governo do Estado desativou carceragens em várias cidades, superlotando outras. Peço providências, como a desativação dessa carceragem, devido ao tratamento dado aos presos, as condições subumanas a que eles são submetidos, além de ser perigoso para a população". Para ele, esse não é um caso isolado, podendo ser comparado à Febem.

Resposta

O deputado Fausto Figueira (PT), em resposta ao deputado Milton Flávio (PSDB): "Lamento que o deputado diga que falo coisas que não sei. Eu falo de coisas que sei. Meu mandato reivindica melhorias no Iamspe". O deputado disse que o número de leitos nos hospitais servidores sofreu redução, além de filas para marcação de cirurgia e de exames complementares como ultra-sonografia terem filas de 2 meses de espera. Trinta mil novos servidores precisam de R$13 milhões em recursos que devem ser doados ao Iamspe para cumprir atendimento dos funcionários. Mais de 800 de seus servidores não têm garantias trabalhistas. "Sou médico, exerço minha profissão no Hospital do Estado. Sei o que vivo, e é essa a minha atuação política. Lamento a agressão gratuita", disse.

alesp