Carlinhos Almeida diz que não é contra a progressão continuada, mas contra a forma como foi implantada

PLENÁRIO
18/04/2002 18:46

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Carlinhos Almeida, líder do PT, discorreu a respeito de projeto de lei de sua autoria que trata da suspensão do regime de progressão continuada por um ano, período em que "deveria ser feita uma avaliação profunda da mesma". De acordo com o deputado, os jornais Folha de S. Paulo e Agora trataram do tema esta semana. A Folha, além de extensa matéria publicou nesta quinta-feira, 17/4, editorial sobre o assunto. Almeida disse que o regime de progressão continuada trabalha a idéia de que o aluno que, muitas vezes, não consegue aprender sob pressão, poderá, na progressão continuada, construir seu conhecimento junto com o professor. "Pressupõe-se que, detectado o problema, o professor possa acompanhar esse aluno de forma diferenciada, que possa fazer uma recuperação e até que o aluno possa refazer um período". De acordo com Almeida, não é isso o que acontece. Ele ressaltou diversos problemas que afetam o bom andamento da progressão continuada, entre eles as condições físicas das escolas e a superlotação das salas com até 60 alunos. "Como é que um professor que dá aula em três períodos, para mais de 50 alunos em cada sala, vai conseguir conhecer seu aluno e identificar seus problemas de aprendizagem?", questionou. Para o deputado, a Secretaria da Educação tem sido irresponsável e está comprometendo a educação dos jovens do nosso Estado. Almeida afirmou que não é contra a progressão continuada que, "em sua filosofia, é algo muito bom e muito positivo", mas sim contra a forma como foi implantada em São Paulo. O editorial da Folha e o deputado criticam a aprovação automática do aluno.

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