Resíduos de amianto e uma mina abandonada do mineral atormentam a vida da população de duas cidades do interior paulista, Avaré e Itapira. Há receio sobre a possibilidade de contaminação do meio ambiente e da população devido à exposição ao amianto, material de alto risco à saúde, considerado cancerígeno e apontado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a "catástrofe sanitária" do século XX.

Autoridades que estudam o amianto fizeram uma diligência, entre os dias 22 e 23/10, às duas cidades para conhecer de perto os problemas. Em Avaré, a comissão participou de audiência pública realizada, em 22/10, pela Secretaria de Meio Ambiente do município com a finalidade de encontrar soluções para a retirada de 200 toneladas de resíduos de amianto abandonados há quase dez anos na região central da cidade, sendo que o processo contra o antigo proprietário da empresa se arrasta na Justiça, o que dificulta a remoção do lixo tóxico.

Em Itapira, a comissão participou de reunião na câmara municipal para tomar nota a respeito de como estão as condições da mina de anfibólio (tipo mais nocivo de amianto e encontrado apenas no Brasil e na Finlândia) fechada em 1999, depois que o Ministério Público constatou irregularidades. Para o deputado Marcos Martins, a natureza cuidou de isolar o local, mas salientou que é necessário um estudo da Cetesb para analisar se a parte que ainda está exposta não traz perigo à saúde, pois "a poeira proveniente dela pode trazer risco à vida das pessoas que residem ali perto".



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