Ato pela Paz no Oriente Médio reúne várias lideranças na Assembléia

Evento contou com a participação de representantes de diversas comunidades estrangeiras (com fotos)
09/04/2002 20:19

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DA REDAÇÃO

"Não há pedaço de terra que justifique a perda precoce de vidas." Assim se manifestou o presidente do Parlamento paulista, Walter Feldman, no Ato pela Paz no Oriente Médio promovido pela Assembléia Legislativa nesta terça-feira, 9/4. O evento contou com a participação de representantes de diversas comunidades de estrangeiros residentes em São Paulo. Para Feldman, "não cabe aos brasileiros dizer o que palestinos e israelenses devem fazer, mas o único caminho é sentar à mesa de negociações".

Presente ao ato, o deputado Salim Curiati (PPB) considerou uma medida correta o do governo norte-americano de interferir decisivamente para a resolução do conflito. "É ele que tem o controle da situação sobre os países que estão em luta", comentou.

Os esforços pela paz também foram ratificados pelo cônsul-geral de Israel, Medad Medina. "A convivência entre as comunidades judaica e árabe no Brasil é um exemplo para o Oriente Médio de que é possível viver em paz", afirmou. "O que se deve fazer para estancar a violência entre nós é dialogar."

Thomaz Choi, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil/Coréia, foi indicado para presidir o Conselho Estadual Parlamentar das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras (Conscre), organismo criado pela Assembléia Legislativa para promover o intercâmbio e o relacionamento entre as comunidades estrangeiras presentes em São Paulo. Ele falou do exemplo dado por esses grupos no Brasil. "Aqui, judeus, árabes, coreanos, italianos, gregos, armênios, todos vivem como se pertencessem a uma só família", salientou.

O representante da Federação Árabe Síria, Rizklah Tuma, indicado presidente da Comissão Cultural do Conscre.

Tuma elogiou a posição do governo brasileiro "contra todo tipo de terrorismo, inclusive o terrorismo estatal", e conclamou todos a orarem pela paz: "Em qualquer templo religioso é preciso rezar para que a paz venha para este mundo". E acrescentou: "Ela não é uma necessidade, mas uma obrigação, e o Conselho das Comunidades representa a fé que todos temos na construção da paz".

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Nathan Berger, elogiou a atitude do Parlamento paulista de criar o Conselho das Comunidades. "A criação do conselho é um exemplo para o Brasil e o mundo. Tudo o que está acontecendo aqui merece ser divulgado, para que todos saibam do total apoio do nosso povo na luta pela causa da paz no Oriente Médio e no mundo", destacou Berger.

Como resultado do Ato pela Paz, foi divulgado um manifesto assinado por dez deputados de origem semita na Casa e também pelos membros das diversas comunidades estrangeiras presentes, dentre elas as comunidades israelita, síria, húngara, russa, chinesa, coreana, portuguesa, peruana e italiana.

alesp