Da assessoria do deputado Emidio de Souza

"Não é mais concebível viramos as costas para o debate sobre a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Temos que debater esse assunto porque ele é muito importante para todos os países que pretendem integrar o futuro bloco econômico das Américas", disse o primeiro-secretário do Legislativo Paulista, deputado estadual Emidio de Souza (PT), ao abrir oficialmente o seminário "A Economia Paulista e ALCA", na tarde desta quinta-feira, 04/12, no auditório Franco Montoro, da Assembléia Legislativa.

Para Emidio de Souza, "por ser a maior potência mundial, os Estados Unidos tentarão impor seus interesses comerciais". Já ao Brasil, acrescentou, "cabe negociar de maneira soberana, sem abrir mão de seus interesses, para derrubar as barreiras comerciais impostas aos nossos produtos porque nosso país precisa exportar mais para termos desenvolvimento e empregos".

O deputado do PT frisou que "os interesses do Brasil são semelhante aos interesses de São Paulo". Conforme ele, "o Estado de São Paulo é a maior plataforma exportadora do país, já que 35% do que é exportado sai daqui. E com uma vantagem: exportamos bens com valor agregado, como suco de laranja, aço e automóveis. Por isso, qualquer mudança comercial tanto pode ajudar quanto prejudicar nosso Estado.

O Seminário "A Economia Paulista e a ALCA" foi promovido pelas comissões de Relações Internacionais, presidida pela deputada Célia Leão (PSDB), e de Economia e Planejamento, presidida pelo deputado Waldir Agnello (PTB), e pelo Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, atendendo suges

ALCA



A idéia de unir as economias das Américas em uma única área de livre comércio iniciou-se com a Cúpula das Américas, realizada em dezembro de 1994, em Miami, Estados Unidos. Os Chefes de Estado e de Governo das 34 democracias da região - Cuba foi excluído por pressão dos Estados Unidos - decidiram então criar a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), na qual serão eliminadas progressivamente as barreiras ao comércio e ao investimento.

Os chefes de Estado acertaram que as negociações sobre o acordo serão concluídas até o ano 2005. Incumbiram ainda seus ministros responsáveis por comércio de adotar uma série de medidas iniciais concretas com vistas à conformação da ALCA.

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