Como foi seu empenho para garantir alguns direitos para os policiais na Constituição?



Na época da Constituinte havia um projeto para que fosse criada uma lei, segundo a qual, quando o policial completasse 30 anos de serviço se aposentasse. Isso permitiria que o quadro em atividade fosse renovado. Na proposta foi considerado que o policial já teria cumprido seu papel, desempenhado suas funções após os 30 anos. Seria como no futebol: o atleta entra com 20, e tem uma vida restrita aos anos de sua melhor fase física. Porque aos 50 anos não dá mais para você correr atrás de bandido. Então, quando nós apresentamos essa emenda, realmente foi uma polêmica muito grande, veio muita gente discutir a situação aqui na Casa.

Outra idéia com a qual também trabalhamos foi o projeto segundo o qual queriam separar o bombeiro da Polícia Militar. Queriam que o Corpo de Bombeiros criasse uma polícia, e os bombeiros deixariam de integrar a Polícia Militar. Nós tivemos que lutar muito contra isso. Na época tínhamos muitos amigos bombeiros, que fizeram academia conosco. Alguns se revoltaram bastante, mas a gente percebe hoje que foi melhor tanto para o Corpo de Bombeiros como para a Polícia Militar. E, no meu entender, foi a melhor solução para o povo de São Paulo, porque essa separação não serviria para ninguém.