Projeto cria programa de prevenção de acidentes na infância

Campanhas educativas serão direcionadas às crianças e aos seus familiares
02/05/2011 22:04

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Foi publicado no Diário Oficial de 30/4 o Projeto de Lei 405/2011, de autoria de Welson Gasparini (PSDB), que cria o Programa Educacional de Prevenção de Acidentes na Infância como atividade extracurricular obrigatória na rede estadual de ensino. A atividade deve ser ministrada a todos os alunos matriculados na rede estadual de ensino, objetivando dotá-los de informações objetivas sobre todos os aspectos relacionados com as causas de acidentes de qualquer natureza, orientando crianças e à família sobre acidentes infantis.

O projeto prevê a realização de campanhas educativas direcionadas à criança e à sua família, que serão fundamentadas em consistentes estudos sobre acidentes infantis. Devem ser abordados os seguintes temas: motivação da sociedade para o problema; produção e difusão de conteúdos didáticos relativos ao assunto; promoção de reuniões de pais e mestres; e avaliação dos resultados dessas ações e divulgações.

Gasparini justificou o projeto como sendo uma preparação das futuras gerações para aumentar a segurança contra acidentes. "O modo mais eficaz para se evitar um acidente é preveni-lo", lembrou o deputado, que elegeu a escola como o meio mais eficiente para iniciar a conscientização tendo o professor como agente multiplicador da mudança cultural.

O projeto cita Francisco de Paula Nunes, professor da Faculdade de Educação da UERJ, que assinalou os riscos que as crianças correm nas diferentes faixas etárias: "na faixa de zero a três anos, as crianças são muito curiosas e costumam descobrir o mundo interagindo com as coisas ao seu redor, tocando os objetos e colocando-os na boca. Dos quatro aos seis anos, embora comece a desenvolver autocontrole, dificilmente reconhece situações perigosas e, mesmo reconhecendo-as, muitas vezes não tem condições de reagir e fugir delas".

Welson Gasparini explica que, nos primeiros anos escolares " na faixa etária dos sete aos nove anos de idade " a criança já começa a identificar situações perigosas, baseada em experiências anteriores. "Se ela caiu de uma árvore, por exemplo, da próxima vez que for subir, certamente terá mais cuidado. Entretanto, ela não estabelece uma relação entre uma experiência já vivida e uma outra que seja nova. Assim, pensa que subir numa arvore é perigoso, mas subir em um armário não."

Já entre dez e quinze anos, ainda conforme a justificativa do deputado, o adolescente já tem condições de desempenhar algumas funções próprias de adultos (usar eletrodomésticos, por exemplo) e, na ânsia de fazer as coisas rápidas para ir brincar ou realizar outros afazeres, acaba não prestando atenção no que esta fazendo, podendo assim tornar essas atividades em verdadeiras armas, causando acidentes por simples falta de atenção. "Estamos apresentando este projeto com objetivo de contribuir para uma mudança cultural por parte de nossa população, de forma que nossas crianças e jovens passem a estar sujeitos a menos riscos", conclui.



A íntegra das proposituras e sua tramitação podem ser consultadas no Portal da Assembleia (www.al.sp.gov.br), no link Projetos.

alesp