"Vou falar sobre a retomada das obras do Rodoanel, não apenas pela importância da obra, mas pela forma virulenta que a oposição vem tratando o assunto." Com essa frase o líder do governo na Assembléia, deputado Duarte Nogueira (PSDB), iniciou seu pronunciamento, em que apresentou a defesa do aditamento da obra. De acordo com Nogueira, o primeiro trecho da obra será entregue em outubro próximo e os demais no primeiro semestre do ano que vem. "Não estamos falando de asfaltamento de ruas de um bairro, mas da maior obra viária atualmente em construção, com 170 quilômetros", ressaltou o deputado. Ele lembrou que a obra que interligará cinco rodovias (Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt) através das quais têm acesso à Capital, diariamente, cerca de 250 mil veículos que "estrangulam o trânsito, principalmente das marginais". De acordo com Nogueira, há embasamento legal para que o aditamento do trecho oeste seja feito acima do limite de 25% e, mesmo com o acréscimo, o custo da obra não ultrapassará seu valor estimado em abril de 1997, que foi de R$ 600 milhões. O deputado esclareceu que os R$ 338 milhões não foram suficientes devido ao aparecimento de "fatos imprevisíveis" após o início da construção. Segundo ele, a obra ficará em R$ 575 milhões e uma nova licitação provocaria um acréscimo de R$ 477 milhões. Nogueira afirmou ainda que um parecer do jurista Antonio Carlos Cintra do Amaral atesta a constitucionalidade do aditamento.