Notas de Plenário


08/03/2007 19:27

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Mulheres sofridas

Cumprimentando todas as mulheres que trabalham na Alesp, o deputado Henrique Pacheco (PT) lembrou que nesse dia internacional da luta das mulheres devem ser lembradas as que vivem na periferia de São Paulo. Falou da dificuldade com que elas sustentam suas famílias, assumindo o lugar dos maridos que se encontram presos, saindo às vezes de madrugada para o trabalho e tendo desta forma uma jornada de trabalho maior. "O Estado precisa ter um olhar diferenciado e valorizar essas mulheres trabalhadoras, proporcionando assistência médica de qualidade para que elas tenham uma vida mais digna."

A luta das mulheres continua

A deputada Ana Martins (PCdoB) falou sobre a grande manifestação na avenida Paulista que marcou o Dia Internacional da Mulher. Ela destacou a longa história de luta das mulheres no mundo e no Brasil pelos seus direitos contra qualquer tipo de discriminação. "A luta começou há 150 anos, com as tecelãs de Nova York, que por reivindicarem melhorias das suas condições de trabalho foram queimadas." A parlamentar lembrou que, em 1930, a mulher conquistou o direito ao voto e que, a partir do 1º Congresso Mundial da Mulher, no México, começou a se destacar. "As mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho, mas ainda ganham menos do que os homens. Lutamos para que ela participe mais da política, porque as mudanças apenas virão se tivermos mulheres em todos os níveis do Parlamento, no Executivo e no Judiciário", destacou a deputada.

Parabéns, mulheres

A deputada Havanir Nimtz (PSDB) parabenizou todas as mulheres, todas as mães, destacando a necessidade de haver mais justiça social e oportunidades, bem como do fim da discriminação salarial e dos problemas de assédio nos empregos. A parlamentar homenageou também a sua mãe e filha e agradeceu os seus eleitores por representá-los no Parlamento. "Há um projeto de lei de minha autoria que assegura o atendimento especializado às mulheres acometidas de tensão pré-menstrual (TPM) nos estabelecimentos públicos da rede estadual de saúde, pois trata-se de uma doença que causa vários transtornos. Grande parte das mulheres sofrem desse mal."

Bush

A propósito da visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a São Paulo nesta quinta-feira, 8/3, Luis Carlos Gondim (PPS) criticou a política ambiental americana. Segundo o parlamentar, a visita se deve ao interesse de Bush pelo etanol produzido em nosso país. Gondim disse que gostaria que o presidente americano demonstrasse interesse em colaborar para reverter os efeitos no clima global decorrentes do desmatamento e da poluição. Ele também ressaltou que qualquer acordo que o governo brasileiro faça com os EUA tem de considerar vantagens efetivas para os produtores e para a população brasileira.

Bush e o Dia Internacional das Mulheres

Sebastião Arcanjo (PT) criticou o governo americano, afirmando que "a marca da gestão de Bush é a intolerância e o estímulo à agressão aos direitos humanos e ao terrorismo de estado". Arcanjo se referiu ainda à discriminação que sofrem naquele país os migrantes hispânicos e africanos, que vão para lá com a esperança de uma vida melhor. Arcanjo condenou a política externa do governo Bush que promoveu as invasões do Afeganistão e do Iraque. O parlamentar também parabenizou as mulheres pela comemoração do dia internacional dedicado a elas e informou que o Movimento de Luta das Mulheres promoveu nesta quinta-feira, 8/3, passeata na avenida Paulista.

Agradecimentos

Edson Gomes (PP) registrou agradecimento pelo desempenho profissional das pessoas que trabalharam em seu gabinete nos oito anos em que exerceu mandato de deputado estadual, citando-as nominalmente. Gomes estendeu o agradecimento a todos os parlamentares e aos demais funcionários da Casa, destacando que muito aprendeu nesses anos de convivência na Assembléia. "São pessoas (os parlamentares e os funcionários) extremamente competentes e gabaritadas para a condução do Legislativo", finalizou.

Projetos para mulheres

A deputada Havanir Nimtz (PSDB) retornou à tribuna para falar sobre projetos de sua autoria que tratam de assuntos de interesse da mulher, como a TPM e a gestação. Havanir ressaltou que gostaria de ver aplicados programas para portadores de psoríase e para cuidados com a voz, este direcionado a radialistas e cantores.

Números femininos

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) disse que os números das bancadas femininas em todo o Brasil ainda são baixos. Cerca de 11% dos governadores eleitos são mulheres, 14% do Senado pertence à bancada feminina e 11% da Câmara dos Deputados é representada por mulheres. "Esse número é pouco, se considerarmos que mais de 50% do eleitorado é feminino." Prandi ainda comentou os números da Casa: 11 deputadas para a próxima legislatura, apenas uma a mais que na atual. lembrou que o Legislativo paulista já alcançou bancada de 14 mulheres em 1984.

Despedida

O deputado Ricardo Castilho (PV) despediu-se da Assembléia, lembrando a trajetória do seu partido na Casa. "No mesmo dia da posse, tomei conhecimento de que o PV não teria direito à estrutura de liderança", disse. Reduzida inicialmente a três deputados, ele, Giba Marson e Afonso Lobato, a bancada ficou conhecida como "os três patetas", disse Castilho, acrescentando que preferia a denominação de "os três mosqueteiros". Castilho relatou os percalços da bancada e as dificuldades que um partido pequeno encontra no Legislativo. O deputado foi cumprimentado em plenário pelo presidente Rodrigo Garcia, que disse que Castilho deixa a Casa com a marca de um bom exemplo de parlamentar.

alesp