Excelente PrêmioA propósito da instituição do Prêmio Prefeito Inimigo da Criança, lançado pela Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo e da Coordenação Estadual do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, o deputado Milton Flávio (PSDB), manifestou-se favoravelmente. Os prefeitos que estão na mira desse campeonato são os que não querem receber unidades da Febem em seus municípios. O objetivo do projeto é criar na população a consciência da importância que tem a reeducação e ressocialização do menor infrator. "O menor infrator, por pior que pareça, é produto da sociedade, que ainda hoje é incapaz de dar aos nossos jovens uma perspectiva de vida. Ninguém nasce bandido", afirmou o deputado.Desemprego e violênciaSouza Santos (PL) afirmou que nossas fronteiras estão desguarnecidas, facilitando a entrada de armas e drogas no país. Isso resulta em muita violência, mas, segundo o deputado, a principal causa da criminalidade é o problema social. "Se questionarmos internos das unidades da Febem encontraremos, na maioria dos casos, o desemprego como justificativa para seu ingresso na criminalidade. Quanto sobe o nível de desemprego as estatísticas apontam para a elevação dos índices de violência. É preciso investir no jovem prioritariamente", salientou Santos.Remédio amargoA decisão do Governo Federal de não renovar o empréstimo do FMI foi motivo de exaltação do deputado Nivaldo Santana (PCdoB). Ele previu que a decisão irá repercutir muito bem na economia, já que o Brasil pode e deve caminhar com os próprios pés. "A decisão do presidente Lula marca posição do Brasil contra a política dos Estados Unidos da América, que sempre mete o bedelho na vida dos outros países. Apoiamos a decisão de não mais tomar o remédio amargo do FMI, que tutelou nossa soberania durante sete anos", ressaltou Santana.Fora do perímetroLuis Carlos Gondim (PL) abordou a transferência de internos da Febem para municípios do interior. Segundo o deputado, o secretário da Justiça pretende levar os menores infratores para seus locais de origem. "Se os adolescentes forem transferidos para unidades da instituição no interior, quem pagará o transporte freqüente dos pais? Eles vão querer se mudar para os municípios onde estão os filhos. Dessa forma, vários problemas serão criados para a solução de apenas um". Disse ainda que recentemente encontrou-se com o prefeito de Lins. "Ele me afirmou que aceitaria unidades da Febem no local desde que as instalações fossem no entorno da cidade, ou seja, a mais de 50 quilômetros do perímetro urbano, e que houvesse uma contrapartida: a instalação de escolas técnicas para jovens nos municípios onde fossem criadas unidades da Febem".Em favor da PEC 227/2004Palmiro Mennucci (PPS) afirmou que em 16/3 a Câmara Federal concluiu a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 227/2004) paralela à Reforma da Previdência que, entre outras medidas, institui regras de transição para funcionários que ingressaram no serviço público antes de 1998, garantindo a eles paridade com os servidores mais antigos na aposentadoria. "Agora que a PEC voltará ao Senado para apreciação, espero que não demore a ser votada. Neste sentido, protocolei moção ao Senado Federal no sentido de que a PEC 227/2004, que ameniza as mudanças impostas pela reforma do governo, seja votada com a máxima urgência. Tal medida beneficiaria aqueles que estão em vias de se aposentar, evitando uma longa espera."Na modaO deputado Pedro Tobias (PSDB) comentou o debate ocorrido ontem, dia 29/03, na Câmara Federal, sobre a Medida Provisória 232. "Assistindo ao debate vi tudo diferente do que a oposição diz aqui na Assembléia". O parlamentar é a favor de que o imposto de renda fosse corrigido anualmente pela inflação, e acredita que o reajuste de 10% é muito pouco. "Queriam aumentar o imposto do prestador de serviço. Mas, e uma cooperativa? Ela não ganha dinheiro, apenas o repassa para seu cooperado. O brasileiro não agüenta mais imposto", defendeu o deputado. Tobias afirmou que, ao contrário do Governo Federal, o Governo Estadual sob o comando do PSDB já diminuiu o ICMS de mais de 300 itens. "O custo Brasil já é alto, mas agora parece que as taxas estão na moda, todos querem inventar alguma".Imposto malandro"Não me surpreendi, mas não entendi o posicionamento dos deputados que tinham posição contrária aos impostos e taxas e ontem surpreenderam os que acreditaram em seus discursos e falações", disse o deputado Milton Flávio (PSDB) também sobre a votação da MP 232. O parlamentar assegurou que o que havia sido oferecido à população era a correção do imposto de renda, e não a criação de mais uma taxa, que empurrará os contribuintes para a informalidade. "Qual não foi a surpresa ao ver a medida editada e encontrar nela um imposto embutido. As pessoas que se constituíram em empresas terão seus rendimentos taxados de maneira abusiva. O compromisso era aumentar o imposto, e não trazer uma nova taxa, que foi embutida de maneira marota, malandra". O deputado condenou a atitude dos petistas de Brasília que esvaziaram o Plenário quando a discussão da MP começou, e cobrou postura do presidente Lula. "Cumpra sua parte, honre sua palavra, pela primeira vez pelo menos", encerrou.Direito à vidaO deputado José Carlos Stangarlini (PSDB) iniciou seu discurso defendendo o direito à vida, citando o caso da americana Terri Schiavo, que, depois de um coma de 15 anos, é hoje vítima de pena de morte. Segundo o deputado, os hipócritas dizem que ela nada sente, mas como uma decisão judicial pode decidir sobre a vida de um ser humano? "Aqui no Brasil isso nunca aconteceria! O brasileiro sabe o sentimento de caridade", orgulhou-se. Depois, o parlamentar falou sobre a decisão de aprovação da câmara dos deputados, em 02/03, da pesquisa de células tronco, que não possuem forma definida e podem recompor os tecidos lesionados. "Não causamos dano à saúde do doador ao retirar tais células". Porém Stangarlini se mostrou contra a cultura de embriões com a única finalidade de estudo. O deputado ainda parabenizou a decisão do governador Geraldo Alckimin de construir 41 outras unidades da Febem e desativar a unidade do Tatuapé, que será substituída por um parque.Agentes de segurançaO deputado Romeu Tuma (PMDB) leu uma carta que recebeu de agentes de segurança penitenciária de Serra Azul, que representa os sentimentos dos profissionais da área. Segundo a carta o Estado não proporciona as devidas condições de trabalho e de vida para os profissionais da Segurança Pública: o salário é baixo, há superlotação nos presídios, além de os funcionários serem poucos e mal qualificados. Um trecho da carta dizia: "Queremos soluções eficazes. Que os culpados sejam punidos e afastados do serviço público. Os cargos precisam ser melhorados. Mas a sociedade nos confunde com criminosos. Não merecemos ser tratados como tais nem sermos responsabilizados por erros que não são nossos". O motivo maior do protesto foi a morte de dois agentes penitenciários. Tuma reclamou do fato de o Estado não ter tomado atitude alguma em relação a isso. E ainda disse que o Estado de São Paulo é o que pior paga seus policiais. "Agente público fazendo boa ação ninguém divulga. Quando age mal, generalizam!", reclamou. Por fim, o deputado pediu que as autoridades cuidassem melhor dos funcionários que militam nessa área e disse que a medida de remanejar antigos agentes para novos presídios, sem a criação de novas vagas, não é uma medida inteligente.