Deputado e lideranças do Dique e CPFL debaterão soluções para abastecimento


31/08/2005 16:41

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Lideranças da Sociedade de Melhoramentos da Vila Gilda e a Comissão do bairro reúnem-se nesta sexta-feira, 2/9, para discutir soluções para as ligações de energia elétrica no Dique da Vila Gilda, em Santos, conforme proposta do 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Fausto Figueira (PT).

O encontro será no gabinete do deputado, naquele município. O parlamentar já tratou do tema com o gerente de contas do Poder Público da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL), Luiz Antonio Campos.

O valor das contas de luz cobrado pela CPFL após a implantação do programa Rede Comunidade está sendo questionado pela comissão de moradores do Dique da Vila Gilda. Desde março, o programa oferece regularização elétrica a 193 habitações, a maioria delas em locais de difícil acesso, barracos e palafitas cercados pelo mangue. Segundo a presidente da comissão, Helena Gonçalves dos Santos, com a instalação dos postes, bases e dos disjuntores individuais, os moradores que antes pagavam taxas sociais, pagaram em julho tarifas que foram de R$ 57,00 a R$ 177,00.

De acordo com Campos, a antiga tarifa era baixíssima e cobrada trimestralmente, o que não ocorre mais desde a privatização. O que está em prática é o programa Baixa Renda. Para moradias com ligação elétrica monofásica e de consumo até 79 kw, o valor cobrado é de no máximo R$ 12, 00, e a inscrição é feita automaticamente na companhia. "Os moradores que consomem até 220 kw também fazem parte do programa e suas contas alcançam o máximo de R$ 50,00. No entanto, para ser beneficiado, o morador deve se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, na prefeitura local. Não podemos deixar de cobrar nem abrir exceções. Para que haja alguma alternativa neste sentido, é preciso mudar a lei federal", comentou.

Para Figueira, é necessário chegar a um acordo que contemple a comunidade, garantindo a sua segurança, sem os perigosos rabichos. "Temos que criar outro instrumento para resolver a questão, que é muito mais grave do que apenas as contas, envolvendo saúde, habitação e meio ambiente. Para solucionar o problema dos rabichos seria necessário reurbanizar a área e regularizar sua infra-estrutura, circunscrevendo a região invadida e congelando o crescimento das moradias, levando a ela energia e saneamento. Entretanto, é imprescindível que a solução não prejudique ainda mais as áreas de preservação ambiental", afirmou.

O representante da CPFL se dispôs a recontratar a empresa para os trabalhos de educação e informação sobre uso racional de energia, que, segundo ele, já foi oferecido no início do programa. Ele declarou que "as lideranças de bairro devem orientar os moradores para que busquem os benefícios que têm direito e usar racionalmente a energia.".



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