Os chacareiros e moradores que vivem na área pertencente à Itaquareia Indústria Extrativa de Minérios Ltda., no Distrito de Jundiapeba, Parque São Martinho e Santo Ângelo, ganharam um prazo maior até que seja definida a desapropriação do local por parte do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que já iniciou os estudos para elaborar um projeto com este objetivo.

"É importante ressaltar que tudo aconteceu de forma justa e pacífica", disse o deputado Luiz Carlos Gondim (PPS), segundo vice-presidente da Assembléia e idealizador da frente parlamentar criada para avaliar a situação.

De acordo com o advogado Carlos Alberto Zambotto, representante dos agricultores e moradores do local, a mineradora aceitou os termos de um novo acordo, selado em reunião no Incra, em São Paulo, para que o órgão federal e a prefeitura apresentem a documentação de todos os cadastrados no local em 60 dias.

Gondim participou ativamente das negociações e destacou que "o Incra vai realmente comprar a área. Selamos o noivado e, em breve, vamos celebrar o casamento e colocar um fim nesse processo". O parlamentar garantiu também que as partes envolvidas (chacareiros, moradores e a empresa Itaquareia) praticamente chegaram a um termo de paz. "Há um entendimento mútuo e isto faz com que o clima fique mais harmonioso no local", frisou.

De acordo com estudo do Incra, foram cadastrados 438 lotes, caracterizados como de produção rural, e 700 famílias, entre agricultores e moradores que trabalham nas lavouras. O órgão federal já iniciou o trabalho de avaliação mercadológica dos cerca de 1.247 hectares.

"Enfim, as famílias voltaram para casa com a sensação de que poderão dormir em paz. Estamos muito satisfeitos por poder colaborar com todo esse processo, ao lado de várias lideranças políticas", concluiu Gondim.



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