DA REDAÇÃO (com foto) Cerca de 30 trabalhadores da Viação Canarinho compareceram à reunião da Comissão de Relações do Trabalho, nesta terça-feira, 16/4, para denunciar a empresa por falta de cumprimento de obrigações trabalhistas.O depoimento de vereadores de Guarulhos e do representante dos trabalhadores teve início após a eleição do deputado Nivaldo Santana (PCdoB) para a presidência da Comissão.A vereadora Luiz Cordeiro (PCdoB) afirmou que o proprietário da Viação Canarinho demitiu em massa os trabalhadores dessa empresa após mudar a razão social para Viação Atlântica. "Os demitidos não têm FGTS depositado, férias pagas ou acordo sindical cumprido."Edson Albertão, vereador do PT, destacou que o problema não se restringe a reclamações trabalhistas. "Trata-se de um empresário de má índole e corrupto. Há até envolvimento de autoridades públicas", disse Albertão, informando que a EMTU se recusa a dialogar com os trabalhadores. "Entretanto, o Estado é o responsável pela permissão de serviços a empresas de transportes."Antônio Chagas Correia falou em nome dos trabalhadores e leu alguns questionamentos sobre o assunto. Dentre outras perguntas, Chagas indagou como a EMTU encara a permissão dada a uma empresa que muda de razão social. "Deve haver conivência da EMTU e de fiscais do Ministério do Trabalho, uma vez que nenhuma providência foi tomada contra a empresa. É impressionante que bens da Canarinho sejam escondidos horas antes da visita de um oficial de justiça. Fica claro que a empresa é avisada com antecedência."Chagas ressaltou que o proprietário da Viação Canarinho, José Antonio Abdala, é conhecido por administrações irregulares. "Quem não se lembra do episódio Fábrica de Cimento Perus, em que ocorreu fato similar em detrimento de trabalhadores."O presidente sugeriu, com anuência dos demais membros da Comissão, que a EMTU seja convocada para prestar esclarecimentos e que os representantes da Viação Canarinho e do Sindicato pertinente sejam convidados. Nivaldo também propôs o envio de um requerimento de informações à empresa que fica obrigada a respondê-lo em um mês. A Comissão ainda vai notificar a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho e a Delegacia Regional do Trabalho.