DA REDAÇÃO

A Assembléia Legislativa vai implantar, em parceria com organizações não-governamentais e com empresas privadas, projeto de monitoramento de vigilância urbana. A proposta foi apresentada durante evento realizado no início deste mês, no auditório Franco Montoro, que foi aberto pelo presidente da Assembléia, Walter Feldman.

O presidente enalteceu o trabalho de policiamento comunitário que vem sendo desenvolvido pelo efetivo policial militar do Legislativo que, segundo ele, é de grande valor social pelos resultados positivos que tem apresentado. "O aprimoramento desse trabalho praticamente transformará a região do Ibirapuera numa área de tolerância zero."

Segundo o chefe da Assessoria Policial Militar da Casa, Coronel Nevoral Bucheroni, a implementação do monitoramento foi baseada em índices elevados de criminalidade, agilização do desencadeamento de ações da polícia, necessidade de elevar a sensação de segurança da população e a possibilidade de ações conjuntas com forças policiais do Estado, entre outros.

O sistema contará com câmeras de vídeo externas afixadas no quadrilátero que abriga o Palácio 9 de julho, com uma Central de Controle de Câmeras - 3C instalada no prédio do Legislativo. Dessa forma poderão ser coletados dados para análise da criminalidade.

Para a estratégia operacional será treinada equipe complementar da polícia militar e haverá um comando específico para o projeto e para a operação da 3C. O gerenciamento junto a ong''s pretende obter recebimento de doações, contratação de pessoal especializado e coordenação do projeto; e junto à iniciativa privada o fornecimento de equipamentos e de recursos financeiros para a operação.

Comunidade e Estatísticas

De acordo com Bucheroni, os principais benefícios para a comunidade serão o restabelecimento da ordem urbana, a retomada de ruas e praças para a população, a interação do cidadão com o Poder Público, a imposição de posturas corretas no trânsito, preservação de patrimônios públicos ou não e geração de empregos.

O coronel apresentou dados que mostram que a cada 100 crimes violentos registrados, 24 suspeitos são detidos, 14 são denunciados e um é preso. "Necessita-se de um novo presídio a cada 2 meses só para esse tipo de crime e para se cumprir os mandados de prisão expedidos seriam precisos 180 casas de detenção", afirmou Bucheroni, ressaltando que a solução ideal é evitar que o crime ocorra com policiamento preventivo nas ruas durante as 24 horas do dia.

Este primeiro encontro inicia uma série de debates sobre problemas vividos pela comunidade dos bairros do Ibirapuera e da Vila Mariana, que prevê a discussão de ações que possam ser desenvolvidas visando o bem comum. Além de representantes desses bairros da Capital, de outros, como Moema, Planalto Paulista e Aclimação também participaram do evento.