Projeto que institui cursinho pré-vestibular gratuito passa na CCJ


05/05/2004 16:00

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Da assessoria da deputada Maria Lucia Amary

O projeto da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), que institui o cursinho pré-vestibular gratuito nas universidades públicas do Estado, ganhou parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa em 23/4. Com o aval, a matéria está em condições de ser votada em plenário, já que também passou pelas comissões de Educação e de Finanças e Orçamento.

O relatório da comissão diz que o projeto é oportuno porque atende aos princípios constitucionais de acesso à educação e que a deputada está certa ao lembrar que os alunos formados em escolas privadas têm condições mais vantajosas para ingressar no ensino superior, já que podem pagar cursinhos pré-vestibulares, ao passo que a maioria dos estudantes das escolas públicas não.

O projeto prevê que levantamentos sócio-econômicos, elaborados com base em uma pesquisa realizada por assistentes sociais ligadas ao governo do Estado, apontem quais os alunos que poderão ser beneficiados. Inicialmente, as classes deverão funcionar nos campi das próprias universidades e serão comandadas por professores dessas instituições, com o apoio de estudantes do último ano.

A intenção, segundo Maria Lúcia, é ampliar a proposta no futuro com a parceria entre as universidades e instituições que possam assumir a função de ensinar e formar novas classes nas mais diversas cidades do Estado. Este trabalho já vem sendo realizado por meio de entidades como o Colégio Adventista, em Sorocaba, que montou uma classe com a ajuda da parlamentar.

Sem cotas

"O nosso objetivo é facilitar o acesso à universidade de estudantes carentes que não têm como pagar um cursinho regular de ingresso e também não tiveram uma boa base durante sua passagem pelo ensino médio e fundamental". Maria Lúcia afirma que os cursinhos pré-vestibulares gratuitos são uma forma de apoio mais eficiente que a criação de cotas.

Na opinião dela, quando o estudante entra na universidade por meio de uma cota, ele aparece para os colegas tarjado pelo benefício. "Nós precisamos formar bons profissionais que não carreguem essa tarja de ajudados e isso se faz formando melhor antes do ingresso na universidade". A deputada diz que a criação de cotas pode comprometer o nível da universidade e do profissional.

mlamary@al.sp.gov.br

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