Em reunião realizada nesta quinta-feira, 9/11, a comissão de Educação, presidida pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), recebeu uma comitiva da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio "Isabel Ferreira", de Guarulhos.

Segundo a representante da comitiva, Lúcia Barreto, o objetivo da visita à Comissão é apresentar problemas que afetam a escola. Um deles seria a decisão do diretor regional de ensino de Guarulhos de fechar o curso supletivo noturno, sob a alegação de que há alto índice de violência na localidade. "Isso não é verdade. Dentro dos limites da escola há um relacionamento saudável que não justifica essa iniciativa apenas pelo fato de a escola situar-se próxima a uma favela", ponderou.

Outro assunto refere-se à recusa, por parte da diretoria da escola, de vaga para um aluno de 12 anos, já matriculado, que posteriormente se suicidara em sua residência durante o horário em que deveria estar estudando. De acordo com informações da comitiva, a diretoria da escola afastou o aluno apontando indisciplina, mas a mãe recorreu ao Conselho Tutelar e à Vara da Infância e Juventude, onde obteve respaldo para garantir a vaga que, ainda assim, foi negada.

A Comissão de Educação ainda votou pauta e aprovou dois projetos de lei: o que estabelece requisitos para autorização de funcionamento de cursos de graduação na área de saúde, em instituições públicas e privadas; e o que dispõe sobre o número máximo de alunos de classes especiais.

Foram aprovadas também duas sugestões do deputado Cesar Callegari (PSB) quanto a denúncias contra a diretora de escola estadual em Vargem Grande Paulista de gasto irregular de verba pública; e de comportamento inadequado contra o dirigente regional de ensino de Cotia. Neste caso, a Comissão decidiu fazer uma diligência para colher depoimentos em Cotia.

Antes do encerramento dos trabalhos, a presidente da Comissão anunciou a realização de audiência pública, para debater as mudanças no ensino médio, no próximo dia 23/11.