Indignado com os despejos forçados que voltaram a ser rotina na cidade de São Paulo, o deputado Simão Pedro solicitou, nesta semana, uma reunião com o presidente do Cohre " Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos Forçados, uma ONG internacional com status de órgão de consulta da OEA (Organização dos Estados Americanos), ONU e Conselho da Europa.

O deputado quer explicar como tem sido tratado o tema pela atual administração municipal da capital e, também, explicar sobre o projeto de lei de sua autoria que cria uma comissão especial de análise de despejos, apresentado em 2004. O projeto já foi aprovado nas três comissões permanentes temáticas da Assembléia Legislativa e está pronto para a chamada ordem do dia, ou seja, se ele for pautado em Plenário, poderá ser votado. Na carta ao presidente do Cohre, Simão Pedro explica que tem denunciado essas atitudes arbitráiras na tribuna da Assembléia Legislativa.

Simão Pedro cita como exemplo, na carta, o despejo das famílias do Parque do Povo, região nobre e que se valoriza rápido, sem que a população tivesse qualquer defesa. "A prefeitura e seus apoios estão promovendo despejos, com notificações em cima da hora, sem que a população tenha tempo de reagir e às vezes, no meio de feriados são colocados na rua e suas casas demolidas", salienta o deputado. O deputado, também, tomou como exemplo o despejo no centro da capital, em 19/11/2007, quando 70 famílias, que ocupavam há meses um antigo hotel desativado e abandonado foram desalojadas. Segundo o deputado, a prefeitura chegou com caminhões, levou os pertences para galpões e as famílias ficaram até o dia 25 na rua, em frente ao local, apesar da repressão policial.

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